São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto Transparentes

a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
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OGs e ONGs

Associação Cultural Mucambo . Percussão e Cultura Popular

Título

Associação Cultural Mucambo . Percussão e Cultura Popular

Data de início das atividades

As atividades se iniciaram em 2002, mas o grupo só se tornou uma associação em 9 de abril de 2008.

Responsável pelo órgão/cargo

André Mendes (presidente e direção geral)

Endereço

Rua Visconde de Araxá, 83 F – Bela Vista, São João del-Rei

Telefone

032 9937 3784 – André 032 9903 8731 – Débora

Email

andre@mucambo.net deboradutrafantini@hotmail.com

Website

www.mucambo.net

Atividades/Serviços

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A principal proposta da Associação Cultural Mucambo é a educacional: levar cultura musical popular para quem não conhece, explicando o contexto histórico e cultural dessas manifestações musicais.
Para isso, o grupo realiza inúmeras pesquisas de campo e estudos históricos, que são divididos com a sociedade através oficinas de Percussão e Cultura Popular, aulas-espetáculos, cortejos e apresentações:
• Oficinas de Percussão e Cultura Popular: as oficinas constituem-se, atualmente, de um curo de dois anos, onde o aluno não só aprende a tocar instrumentos musicais, mas também a entender o contexto de cada manifestação musical e o que representa cada ritmo. O primeiro ano da oficina corresponde a um aprendizado sobre blocos de percussão de rua, em que os principais ritmos estudados são o maracatu, o funk, o ijexá e as cirandas. É nesse primeiro ano que se dá o aprendizado musical e técnico, assim também como as aulas de história para o entendimento histórico e cultural dos ritmos. O segundo ano do curso é voltado para os espetáculos de palco, permitindo que os alunos compreendam como devem se portar em um palco, como elaborar cenário e iluminação, e até mesmo como produzir um espetáculo. No fim do curso, o aluno que se interessar em se tornar membro do grupo Mucambo, pode esse inscrever para um processo de seleção.
• Apresentações: As apresentações se dividem em cortejos de rua ou espetáculos teatrais, que podem ser promovidos pela própria Associação Mucambo ou por outras entidades que convidam o grupo para participar de eventos.
• Aulas-espetáculo: As aulas-espetáculo acoplam o conhecimento das pesquisas com práticas musicais, que resultam em uma apresentação musical com os ritmos e um pouco da história e do contexto de cada um. Além disso, serve como um espaço de apresentação da proposta do Mucambo, onde a Associação explica melhor suas atividades e objetivos.
• Palestras: O Mucambo é muitas vezes convidado por escolas a apresentar palestras sobre seus estudos dos ritmos e cultura musical popular.

Público alvo para comunicação de atividades da entidade

Pessoas interessadas em cultura em geral

Agenda

- 27 de novembro – Cortejo “Mucambo na Rua”. Saindo do Largo São Francisco em direção ao Largo do Rosário, às 17h.
- Fevereiro – inscrições para turma nova de Oficina de Percussão e Cultura Popular.

Publicações

Site da UFSJ:
http://www.ufsj.edu.br/noticias_ler.php?codigo_noticia=917
http://www.ufsj.edu.br/noticias_ler.php?codigo_noticia=1468
Vídeos no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=Z_ar4whcfrk
http://www.youtube.com/watch?v=MncOs0YKgTw
http://www.youtube.com/watch?v=bY22iFGoXEY

Observatório da Cultura:

Grupo de Percussão Mucambo pesquisa o maracatu



O grupo Mucambo surgiu há seis anos quando seu presidente, André Mendes, resolveu criar uma escola que ensinasse percussão e a história da cultura popular brasileira. Porém, só foi registrado como uma associação há dois anos. O grupo também surgiu com a intenção de pesquisar sobre os ritmos brasileiros e suas influências africanas.
O Mucambo oferece oficinas de percussão no Conservatório Estadual de Música "Padre José Maria Xavier", com turmas formadas anualmente, as quais, além de passarem por todos os instrumentos, aprendem a história dos ritmos que tocam. As oficinas têm a duração de dois anos e os alunos podem se agregar ao grupo de apresentação do Mucambo ou criarem seus próprios grupos. Os alunos aprendem a tocar vários instrumentos como chocalho, tambor, gonguê, agogô, pandeiro, entre outros.
André Mendes enfatiza o caráter de pesquisa que o grupo possui. Os integrantes mais antigos fazem viagens a Recife, que possui fortes tradições de ritmos, para entender mais sobre o que ensinam e praticam. O presidente também estuda os grupos de percussão da região e atualmente faz um mestrado pela UFMG, sobre um grupo de congado do distrito Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno. 
Débora Fantini, secretária do projeto, afirma que o grupo não toca apenas Maracatu, mas também outros ritmos, como ciranda e coco. Eles realizam diferentes tipos de apresentações como o “Cortejo”, que acontece na rua e chama as pessoas para acompanhá-los, e a “Aula-Espetáculo”, em que os alunos participam e trocam informações sobre a cultura popular.
 

 
O grupo, formado pelos percussionistas André Mendes, Cynthia Viana, Débora Fantini, João Pedro Rodrigues e Vinícius Gannais, está iniciando um projeto em que pretendem produzir vários espetáculos, quando convidarão outros músicos para tocarem instrumentos diversos.
O grupo Mucambo está aberto para todos, acima dos 15 anos, que queiram aprender percussão e conhecer mais sobre a cultura popular.

Texto de Mariele Velloso
Fotos: divulgação
Publicado no Observatório da Cultura . 07 de outubro de 2010

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Associação Cultural resgata musicalidade popular



No ano de 2002, surge em São João del-Rei o Grupo Mucambo – Percussão e Cultura Popular, que possui como proposta explicar o contexto histórico e cultural das manifestações musicais populares, principalmente o maracatu. Para isso, seus membros realizam pesquisas de campo e estudos históricos. O grupo se tornou uma Associação no ano de 2008, após André Marques, atual presidente, perceber que o principal objetivo não é a realização de apresentações, mas sim pesquisar, ensinar e difundir a cultura popular afro-brasileira. Sem sede própria, a Associação conta com o apoio do  Conservatório Estadual de Música "Padre José Maria Xavier"  que concede um espaço para promover uma oficina que ajuda a realizar os objetivos propostos.
 
De acordo com André Marques, o interesse em fundar o grupo surgiu após sua participação em uma oficina de Maracatu no Inverno Cultural. Após o término desta, ele se interessou pelo assunto e continuou estudando e pesquisando o estilo. “Eu já fazia parte de uma banda que tinha influência do manguebeat (estilo musical criado em Recife que mistura maracatu, funk, hip hop e música eletrônica), após terminar a oficina no Inverno Cultural viajamos para Recife, lá vivenciei a cultura popular de perto e tive a oportunidade de aprender mais sobre o maracatu. Então quando retornei para São João del-Rei, percebi que aqui tinha ritmos parecidos como o Congado, Folia de Reis e Umbanda, como eu já me identificava com estes estilos resolvi criar o grupo”.
 
No início, os membros do Mucambo realizavam apresentações em festas culturais da cidade como na Festa do Rosário, além de participações no Inverno Cultural. Débora Fantini, vice presidenta da Associação, explica que com o decorrer do tempo e com um conhecimento mais profundo das manifestações populares eles perceberam que na verdade não constituíam um grupo com o ritmo Maracatu como os do Recife, mas o que eles faziam era estudar a cultura popular. “Então fizemos uma revisão geral, ainda não formávamos uma Associação e em 2008 decidimos parar de realizar um pouco das apresentações e estudar mais. Assim reunimos psicólogos, historiadores, músicos e fundamos a Associação”, informa.
 
Atualmente, a Associação realiza uma Oficina de Percussão Popular com duração de dois anos. André informa que no primeiro ano os alunos aprendem noções básicas de musicalização, percussão, ritmos e todo o contexto que permeia a linguagem do maracatu, também é ensinado como tocar os instrumentos: alfaias, gonguê, caixas, ganzá, pandeiros, congos e agogôs. O repertório é eclético, mas sempre dentro da linguagem rítmica brasileira. No segundo ano de curso, é ensinado como os alunos devem se comportar em um palco, elaborar um cenário e produzir um espetáculo. “Ao final, o aluno que se interessar a fazer parte da Associação pode se inscrever e submeter um processo de seleção”, diz Débora.
 
Eliana Silva, aluna do curso, diz que resolveu fazer a oficina, pois gosta muito de percussão e já conhecia o trabalho desenvolvido pela Associação. Já Leandro de Souza conta que entrou para o curso, porque tinha dificuldades de expor em público, além de gostar de aprender música. “Quando eu terminar o curso, pretendo continuar estudando os ritmos brasileiros, pois gosto muito e foi um jeito que consegui de desinibir. Aqui temos uma relação muito boa. Todos são amigos. Quando um erra, procuramos sempre ajudar; os que sabem mais auxiliam os que têm mais dificuldades”, diz Leandro de Souza.
 
André Marques comenta que a Associação, além da oficina, promove aulas-espetáculos, isto é, uma aula em que é informado o contexto histórico dos ritmos musicais e utilização de cada instrumento, além de ser um meio para divulgar os objetivos da Associação. Também o Mucambo é convidado por escolas para palestrar sobre a cultura musical popular. Ainda que as apresentações não seja o principal foco elas ocorrem. “As apresentações se dividem em cortejos de ruas e ás vezes teatrais, mas só fazemos quando recebemos algum convite para participar de eventos”, diz André Marques.

Marques diz que a Associação não possui nenhum apoio financeiro. “Para realizarmos a manutenção dos instrumentos utilizamos o dinheiro de cachês e das mensalidades dos alunos. A questão é que não procuramos patrocinadores, pois nosso vínculo maior é de pesquisa, nosso perfil se aproxima muito da academia, a gente prefere manter um caminho autônomo. Esse conhecimento que passamos é desconhecido, é um buraco na educação brasileira, então queremos que as pessoas compreendam nossa herança cultural africana e que entendam como que ela se articula com o que somos hoje”, informa.
 
Texto de Thamiris Franco
Publicado no Observatório da Cultura . 13 de junho de 2011

Passo a passo para o cidadão ter acesso às atividades ou serviços

A Associação Mucambo divulga em sites, folhetos e cartazes que são distribuídos nos principais pontos culturais da cidade o início de suas oficinas. Os interessados em participar das aulas devem fazer matrícula no Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier e pagar uma taxa de R$30,00.

Perfil dos membros

A associação conta no momento com nove membros: André Luiz Mendes Pereira, César Augusto Neves, Cynthia Maria Jorge Viana, Débora Dutra Fantini, João Pedro Rodrigues, Mariana Del Vecchio, Sandra Helena Portela, Silvia Cristina dos Reis e Vinícius Guanais.
Alguns membros são psicólogos, há uma historiadora, um turismólogo, músicos e estudantes universitários. Todos possuem voz ativa na associação e as decisões são tomadas em grupo, de forma democrática.

Parceiros

 Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier
UFSJ (apoio)
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (apoio)

Histórico

O grupo Mucambo surgiu da iniciativa de André Mendes, em 2002. Nessa época, André tocava na “Tunatuante”, e era pessoalmente influenciado pelo manguebeat, estilo musical criado em Recife que mistura rock com hip hop, funk, musica eletrônica e estilos regionais, como o maracatu. Após fazer uma oficina de maracatu no Inverno Cultural, com o músico Lenis Rino, André decidiu aprender mais sobre o estilo e “estendeu” sua oficina com aulas em Belo Horizonte com o mesmo professor.
Mas André não parou por aí. Viajou para o Recife para tocar com sua banda e acabou aprendendo ritmos populares, principalmente o maracatu. E foi em Recife que percebeu que podia encontrar em São João del-Rei muitos ritmos parecidos com os de Recife, como o Congado, as Folias de Reis, as Escolas de Samba e a Umbanda. Segundo ele, essa descoberta seguiu a lógica pregada por Chico Sales, que dizia que as pessoas deviam olhar ao seu lado para achar as coisas realmente importantes.
Nesse primeiro contato com ritmos populares, surgiu a idéia de criar um grupo musical. E foi aí que André escolheu o nome Mucambo, trazendo a idéia de uma casa (mucambo é um tipo de casa rústica onde os negros moravam nos quilombos) onde se estuda a cultura popular afro-brasileira.
Assim, André Mendes reuniu os amigos e fundou o Mucambo. No início, os ensaios ocorriam na sala de estar de sua própria casa e seus “instrumentos” eram latões de plástico. As primeiras oficinas eram incompletas e nem sempre bem sucedidas.
Durante alguns anos, o grupo continuou sem grande crescimento e organização, até que André sentiu a necessidade de uma profissionalização: “Ou eu desisto do Mucambo para fazer um mestrado ou coisa assim ou transformo o grupo em uma coisa muito mais séria”. Mas as mudanças não foram bem aceitas por todos, o que causou o rompimento de alguns membros do grupo.
Com uma proposta mais séria e madura, o grupo passou a fazer maiores pesquisas de campo, a estudar o Congado e viajar mais para Recife. Criaram oficinas e as re-elaboraram de acordo com o resultado de cada experiência, tentando sempre aprimorar os métodos de ensino. Dessa forma, chegaram em 2008 ao status de associação cultural, trazendo uma proposta didática, artística e cultural. Passaram a tocar e estudar mais ritmos populares e a se apresentar em palcos, o que lhes trouxe maior maturidade.
Após a decisão de maior especialização, já fizeram apresentações importantes, como o espetáculo de palco e bloco de rua “Mucambo Tomba o Patrimônio” e o espetáculo “Entre Couros e Coroas”, no Teatro Municipal. Já se apresentaram em diversas cidades da região, como em Lagoa Dourada, São Tiago, Barroso, Minduri e Juiz de Fora. Além disso, ofereceram aulas-espetáculo no Inverno Cultural.
Mas uma questão importante a lembrar sobre o Mucambo é sua ideologia e proposta de trabalho. Em primeiro lugar, o Mucambo não é um grupo de Maracatu ou de Folia. É um grupo com uma proposta artística e educacional, que não reproduz a cultura popular. É influenciado pelas manifestações populares, mas faz uma leitura artística destas, mesclando estilos e gêneros. Além disso, possui uma proposta educacional de levar um pouco da cultura para quem não conhece, de estudar as manifestações populares e seus ritmos, sem reproduzi-los tal quão são – e algo importante que o Mucambo explica é que para cada manifestação popular existe um objetivo e razão de ser, um fundo religioso ou histórico que lhes dá um maior sentido, algo que o grupo não pode simplesmente imitar ou tentar reproduzir.

Principais problemas/dificuldades da área atuante

Falta de apoio financeiro, que se reflete quando os cachês pedidos são pagos em sua maioria apenas nas cidades de fora.

Propostas e sugestões para o desenvolvimento turístico da cidade

- A cidade precisa de mais produtores culturais que entendam a diferença da cultura popular para a artística, alguém que realmente entenda sobre os significados culturais;
- Maior aproveitamento da cultura popular de São João del-Rei, que é muito ampla
- Ao invés de apenas produzir eventos, oferecer oficinas e aulas, ajudar na manutenção das bandas e dos grupos culturais. Dar um aproveitamento maior para as entidades culturais e para o público.

Info

Tipo de sustentabilidade econômica:
A Associação Mucambo se mantém com o dinheiro arrecadado nas oficinas e com os cachês das apresentações.

Data da coleta dos dados

5 de novembro de 2010

Responsável pelas informações

André Mendes (presidente)Débora Fantini (vice-presidente)
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