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Ouvidoria

Bullying | O bullying vai impactar as chances de se ter um emprego na Coreia

Descrição

Lei para combater o bullying nas escolas . Rio de Janeiro

Bullying, palavra de origem inglesa que não tem tradução literal para a língua portuguesa, mas é usada também aqui no Brasil para identificar a atitude de uma pessoa que humilha e oprime alguém. Muitas vezes esse comportamento acaba sendo repetido por todo o grupo.

Escola Segura. No site você irá encontrar o local para colocar o link do site em que viu a ameaça e adicionar mais informações. A denúncia é anônima e você pode fazer de qualquer aparelho celular ou computador. Em caso de emergência ou se não tiver todas as informações, entre em contato com o 190 ou delegacia de polícia mais próxima. 

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O bullying vai impactar as chances de se ter um emprego na Coreia


Imagem: The Korea Herald | Reprodução

Deu ruim para os "valentões". Pensando em combater práticas de violência escolar, o governo sul-coreano anunciou que o histórico de bullying de seus alunos será levado em conta no processo de admissão universitária.

Mas como é que vão medir? Nas escolas de lá, o bullying é classificado em uma escala de 9 níveis, dependendo da gravidade. Com isso, se o aluno fizer alguma “brincadeira” de nota 9, ele pode ser levado à expulsão. Agora, como parte da ação, os registros de casos graves serão guardados pelo dobro do tempo atual, indo pra quatro anos. Pense que os alunos taxados como "bullies" podem acabar ficando em desvantagem até no mercado de trabalho.

Segundo o governo, o objetivo é responsabilizar os estudantes mais duramente por suas infrações. O país também anunciou propostas para garantir a segurança das vítimas e focar no papel dos professores.

De onde veio a ideia?

A Coreia do Sul enfrenta uma batalha difícil contra a violência escolar. De 2017 para o ano passado, as denúncias foram de 31 mil casos para 62 mil — dobrando em apenas 5 anos.

Na visão deles, o problema é sério e deve ser discutido. No recente K-Drama “A Lição”, que estreou na Netflix, conta-se a história de uma mulher que elabora um plano de vingança pelos anos em que sofreu bullying no colégio.
Fonte: The News

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Dicas para quem é vítima de Bullying
Se você é alvo de bullying lembre-se:

. você não está sozinho! Não tenha medo de contar o que acontece pra um adulto em quem você confia. Pode ser seus pais, professores, ou então converse com seus avós, irmãos ou irmãs.
. evite os bullies e os lugares onde eles estão. Se você sabe que um garoto ou garota não gosta de você, então procure ficar longe deles.
. procure não ficar sozinho nos corredores, banheiros, salas vazias ou no pátio. É bom estar à vista dos professores e de adultos. Melhor ainda é fazer amizades e tornar-se integrante de um grupo. Isto dificulta a aproximação dos bullies.
. se o bully não ficar longe de você, procure não se irritar, ignore-o. Não revide, tal atitude piora ainda mais o bullying. É mais difícil para o bully te incomodar se você demonstrar desprezo.
. seja confiante. Não aja de maneira apavorada, olhe para nos olhos de quem fala com você. E não fique bravo, tente rir da situação. Isto mostra que você não está com medo e o humor às vezes pode ajudar a diluir a situação.
. procure seu médico ou a enfermeira da escola. Peça para eles anotarem qualquer arranhão ou machucado em você e mostre pra um adulto.
. isto vai passar! Você não vai se sentir mal assim pra sempre!

Saiba mais sobre o assunto no www.bullying.org

Fonte: Jornal Hoje . 09/03/2009

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Metade das agressões entre adolescentes ocorre na escola
Flávia Moreno

A região Centro-Oeste é a que mais tem registro de bullying no País.
De acordo com a pesquisa “Bullying no Ambiente Escolar”, elaborada em 2009, nas cinco regiões do Brasil pela ONG Plan Brasil, Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor e pela Fundação Instituto de Administração, o bullying é mais praticado dentro do universo escolar nas regiões Sudeste, com 12,1% e Centro-Oeste, onde 14% confessaram esse tipo de atitude que tem um envolvimento maior de estudantes de 11 a 15 anos de idade. O Nordeste é a região do país onde o bullying é menos comum, entre 7,1% dos estudantes.
A sala de aula é apontada como local preferencial das agressões, onde acontecem cerca de 50% dos casos relatados de acordo com a pesquisa. Segundo o pesquisador da Coordenação de Ensino Especial, professor de Psicopedagogia e supervisor da Psicopedagogia Clínica do Instituto Consciência de Goiânia, Rogério Goulart Paes, a região Centro-Oeste ter os maiores índices de bullying entre adolescentes é alarmante e merece reflexões. Todavia, ele defende que Goiás avançou muito nas discussões buscando compreender os fatores que levam ao bullying e suas diferentes dimensões para implementar projetos Anti-Bullying nas escolas levando um processo de educação e cidadania.
Esse parece ser um termo novo no Brasil, mas já acontece há muito tempo. O cabeleireiro Leandro Evangelista, de 37 anos, por exemplo, foi vítima de bullying quando este termo ainda nem e xistia. E por mais de 10 anos ele sofreu violência física, psicológica e verbal dos colegas. Ele se lembra de quando tinha 5 anos, quando na hora do recreio saía correndo e ficava em cima do pé de goiaba para não apanhar. “Teve uma vez que alguns alunos jogaram um pneu em cima de mim e cai e cortei o supercílio”, relata ele.
De 1981 a 1989, no Ginásio, a situação ficou ainda pior. “Quando tinha 8 anos um garoto me empurrou da escada e machuquei os rins. Fiquei 40 dias sem ir à escola e depois, quando voltei, a professora beijou todos os alunos, menos eu”, conta ele, que sofria porque era magrinho e tinha orelha de abano. Com 12 anos, ele fez cirurgia plástica na orelha para tentar dentro do convívio social, já que recebia muitos petelecos. Nesta mesma época ele começou a fazer terapia, o que o ajudou a superar os traumas.
Para não se machucar mais, ele criou “medidas de segurança”. “Meu pai me deixava na escola, mas eu só entrava quando todos os alunos já tinham entrado na sala de aula, caso contrário, eu tinha que passar por um corredor polonês, onde me batiam.”
Evangelista admite que não sabe porque era excluído, e que não compartilhava a situação com os pais e a diretoria da instituição de ensino porque tinha vergonha e medo de não ser compreendido. “Quem sofre de bullying não quer que ninguém saiba, pois é doloroso e vergonhoso. Somos discriminados”. Ele explica que as pessoas são rotuladas porque são gordas, magras, de outra raça, tem gostos diferentes do comum etc. “Com 13 anos, eu gostava de teatro, música clássica e viajava muito, e penso que isso ajudava também na exclusão.”
Hoje, ele já superou os traumas, que serviram para que ele amadurecesse, mas ele garante que não é fácil. “Já doeu muito, mas hoje não. Dei a volta por cima”. Porém, as imagens daquele tempo continuam ali, vivas na memória. “As imagens são nítidas”, afirma.
Em entrevista à Revista Istoé, o especialista em violência entre estudantes, Allan Beane, que é uma referência mundial no assunto por seus 36 anos de experiência como educador, afirma que o bullying sempre existiu, mas nunca foi tão frequente e cruel. Ele revela também que dados apontam que 30% dos suicídios entre jovens são causados pelo bullying. Porém que acredita que esse número seja maior.

Pais devem observar comportamento

Para identificar se uma criança está sendo vítima de bullying, os pais devem ficar atentos aos sinais e instruir os filhos e orientá-los. E nessa situação, o diálogo e confiança são importantíssimos. “O filho pode ficar intimidado a falar, então temos que fazer leituras corporais e observar as ações, ver se chega da escola e está nervoso; se começa a fugir das situações escolares; se na hora de levar o filho, ele não está querendo entrar na escola; isolamento. Isso não é da noite para o dia. Isso é um sinal de que está acontecendo alguma coisa errada”, alerta Paes.
Outros detalhes a serem observados é que a vítima normalmente apresenta alguns sintomas: menor rentabilidade escolar, timidez, apatia, isolamento, constantes receios, baixa estima, fraca capacidade de argumentar, nervosismo, apresenta questões psicossomáticas, ou seja, começa a ir à escola, sente dor de cabeça, dores no estômago, porque quer fugir das situações, apresenta graus de depressão psicológica, que precisa ser investigado. Ele tem uma rotina diária, e começa a fugir de tudo que está relacionado ao ambiente que sofre bullying. (F.M.)

Professores não podem agir com corte temporal

Apesar da metade das ocorrências de bullying estarem registradas dentro das escolas, o cabelereiro Leandro Evangelista alerta que a prática está em todo lugar onde tenha crianças. “Nas festinhas eu sempre procurava ficar perto dos adultos para não me machucar.”
O cabeleireiro destaca que na época que foi vítima de violência, a escola não tinha preparo nem professores, o que piorava ainda mais a situação. Entretanto, o professor Rogério afirma que a pedagogia tem buscado perceber o indivíduo na sua totalidade e tem estudado a realidade do bullying. “O educador tem que ter sensibilidade para saber quem está sendo vitimado, quem é o agressor e espectador.”
Por esse motivo, ele ressalta a importância do professor não fazer um corte temporal da situação. “Se pegarmos dois alunos na situação de bullying e confrontá-los, isso leva a uma coisa imediata. Temos que levar dentro da unidade escolar uma reflexão daquelas ações. O aluno tem que refletir sobre suas ações dentro e fora da unidade.” (F.M.)

Fonte: O Hoje

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Cia Atores de Mar . Projeto de espetáculos sobre Bullying

A Cia Atores de Mar vem por meio desta esclarecer que, o espetáculo BULLYING é um projeto que vem sendo desenvolvido desde 2004 nas instituições de ensino por todo o país. O seu maior objetivo é levar o esclarecimento aos alunos e mestres deste grande mal que é a violência escolar.
O que muitas instituições de ensino dizem não existir, existe sim, algumas com pouca gravidade e outras com muita gravidade. E um dos motivos que leva alguém a praticar essa agressão está relacionado à falta de carinho, de diálogo e aos problemas presentes no lar. Isso pode gerar no agressor a necessidade de provar a todos que é superior e não teme a ninguém.
O título escolhido foi dado exatamente para tocarmos diretamente na ferida. Sabemos que é uma ótima ferramenta, que com a estrutura da Prefeitura e de suas Secretarias, podemos juntos desenvolver o papel que nós propomos - que é o de alertar, o de orientar e o de dar soluções plausíveis.
Após o espetáculo, fazemos um debate sobre o tema abordado.

Segue trecho do espetáculo http://www.youtube.com/watch?v=xKefjTHfQWo.
Segue depoimento da Srª Telma Bustamante diretora da Escola Municipal, Professora Ciléa Maria Barreto http://www.youtube.com/watch?v=ERxej4GGsUc

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NOTA: Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduo(s) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

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Escolas tomam decisões extremas para evitar a violência entre alunos

Edição do dia 18/05/2010

Tráfico de drogas, formação de gangues e até assassinatos. Tudo isso dentro das escolas. Por causa disso, colégios de todo o país
tomam decisões extremas para tentar reduzir o alto índice de violência.
Duas adolescentes caídas no chão brigam de socos. Os colegas assistem e apenas um rapaz tenta separar as duas. A cena foi em frente a uma escola pública e foi gravada por um aluno no celular.
Em outra escola, uma menina de nove anos ficou com arranhões no rosto. Apanhou de uma coleguinha. “Estou pasma. Pasma. Me ligaram em casa dizendo que a minha filha tinha sido agredida na escola”, conta Silmara Kemos dos Santos, dona de casa.
Gangues, rixas, tráfico, alunos armados, agressão e até assassinatos acontecem dentro do ambiente escolar. O que fazer para acabar com a insegurança nos colégios? Pelo Brasil existem diferentes projetos. Alguns polêmicos.
No Amazonas, nada de privacidade. Câmeras instaladas nas escolas de Manaus vigiam os alunos.
Em Mato Grosso do Sul alunos violentos cumprem medidas disciplinares. O rapaz matou aula e discutiu com o professor vai ficar dez dias limpando o jardim. Outro jovem bateu num colega na aula: vai capinar o pátio. Todo castigo é aplicado com autorização dos pais.
“Além da simples advertência caso ele se exceda e não coopere, ele pode responder na escola ou se os pais não concordarem, aí vem para a promotoria, aí ele se torna um infrator”, explica Sérgio Harfouche, promotor de Justiça.
Na Bahia, em Itabuna, muros altos e grades protegem os alunos das ameaças externas. “As pessoas lá fora começaram a usar droga os alunos aqui dentro compravam”, conta um estudante.
A mudança veio com a união de 70 parceiros com o Ministério Público e a polícia. Eles fazem visitas e em caso de indisciplina ou violência buscam juntos uma solução. “O Ministério Público não vai sozinho, não é a polícia quem vai sozinha, são várias instituições da comunidade que dão apoio à escola”, conta Clodoaldo Anunciação, promotor de Justiça.
“Nós conseguimos reduzir a violência na escola”, garante o diretor.
Em Vila Velha, no Espírito Santo, as câmeras de segurança flagraram essa briga na quadra. Um aluno ameaça o colega com um canivete. Ninguém se feriu. A violência escolar levou a criação de um botão do pânico, instalados em 50 escolas. Em qualquer situação de perigo é só apertar o botão e acionar a central de vigilância. Imediatamente a polícia é chamada.
No Paraná, a hora do recreio era um perigo nesta escola no município de Toledo. “Tinha briga no recreio. Dentro da sala a gente fica mais seguro”, acredita uma aluna.
Para acabar com as brigas e até o tráfico na escola, uma medida extrema. Há quatro anos os alunos estão sem recreio. No intervalo ficam em sala de aula. “Pelo menos vamos ter uns 75%, 80% de melhora, porque a gente consegue manter esta situação de tranqüilidade”, acredita Shirlei Bracht, professora.
“Isso está revelando pra nós educadores principalmente que tem alguma coisa errada aí, a escola perdeu a sua autoridade e está se tentando resolver isso de outra forma. A escola não pode ser só punitiva. Ela tem que ser agradável também. É uma reflexão da escola, da educação, e uma reflexão para a família também”, acredita Ângela Costa, doutora em Educação.

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