Ouvidoria
Índice Brasil de Cidades Digitais
Descrição
Cada vez mais as tecnologias de comunicação e informação (TICs) têm sido usadas pelos governos, em todas as esferas – municipal, estadual e federal – como meio de melhorar o funcionamento da máquina pública, de inovar na prestação de serviços aos cidadãos e dar mais transparência às administrações e à aplicação dos recursos públicos, ao mesmo tempo em que contribuem para democratizar o acesso à informação. Fora isso, na era da sociedade do conhecimento, o fluxo de informações é um componente essencial na geração de riquezas. Mas até que ponto as iniciativas digitais têm sido bem sucedidas? Quais os gargalos que as cidades digitalizadas enfrentam para avançar na oferta de serviços? Que experiências bem sucedidas se consolidaram e podem ser compartilhadas por outros municípios? Para responder a essas, e outras questões, a Momento Editorial criou, em parceria com a Fundação CPqD, o Índice Brasil de Cidades Digitais (acesse aqui para ver o ranking) para medir o nível de digitalização das cidades brasileiras que usam as TICs.
O trabalho, iniciado em setembro de 2010 e concluído em março de 2011, começou com a conceituação do que é uma cidade digital e seguiu as diretrizes da publicação “As cidades digitais no mapa do Brasil” (organizada pelo então diretor de Universalização do Ministério das Comunicações, Átila Souto; pelo mestre em engenharia na área eletrônica e de comunicação Giovanni Moura de Holanda; e pelo diretor de Tecnologias de Serviços do CPqD, Juliano Castilho Dall’Antonia). Patrocinada pelo Ministério das Comunicações, a publicação fundamenta que as cidades consideradas digitais possuem variados níveis de infraestrutura de redes de telecomunicações, de acesso às TICs e de oferta de serviços eletrônicos públicos e privados. “Assim como nas cidades reais, com suas ruas, praças, diferentes níveis de infraestrutura, de saneamento básico, serviços públicos, como transporte, segurança pública, as cidades virtuais apresentam diferentes níveis de urbanização”, compara Dall’Antonia. Por isso, completa, as cidades digitais podem ser classificadas, indicando como estão integradas ao ciberespaço.
A metodologia criada pelo CPqD e adotada para este Índice considera tanto os aspectos tecnológicos da conectividade e o uso de serviços criados a partir da digitalização, quanto os de população e acesso. A partir da definição das categorias de classificação, nove no total, foi gerado um questionário, com 15 questões fechadas, porém, com detalhamento quantitativo, como, por exemplo, o número de telecentros ou o percentual de órgãos públicos conectados. Mais de cem municípios preencheram o questionário e 75 foram validados após a checagem dos dados pela equipe da Momento Editorial e pelos profissionais do CPqD.
Além das informações levantadas a partir do questionário, foram pesquisados dados complementares como a população, número de domicílios, base de acessos no município (dados da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações) e a velocidade da conexão, também de acordo com os indicados da Anatel. Com todas as informações disponíveis, a estatística do CPqD Graziella Cardoso Bonadia agrupou os dados nas nove categorias definidas e estabeleceu um critério de pontuação para cada uma delas. “Na categoria presença de equipamento primário, a pontuação teve um peso menor, variando de 10 a 100; na categoria banda, a variação ficou entre 250 a 3.500; e na categoria integração de cidades, estados e países, o peso foi de 900 a 5000 pontos”, exemplifica Graziella. Desta forma, quanto mais a cidade avança a escala da informatização da infraestrutura e integração de serviços em direção à digitalização plena, maior peso tem a pontuação recebida, evitando eventuais distorções provocadas pelo bom desempenho em um item mas baixa performance nos demais. (veja tabela à pág. 10)
O ranqueamento das 75 cidades mostra que o nível de digitalização no país ainda é incipiente. A maioria delas se encontra no estágio dois, de telecentros, e só as quatro primeiras classificadas já atingiram o estágio três, de serviços eletrônicos. Falta muito para que caminhem em direção dos patamares superiores. A metodologia utilizada aponta seis níveis de digitalização, sendo o mais avançado o nível 6, conhecido como digitalização plena.
Níveis das cidades digitais
Abaixo, os seis níveis de cidades digitais considerados pelo Índice Brasil de Cidades Digitais, o primeiro ranking do país a utilizar esta metodologia.
NÍVEL 1 – Acesso básico: Este é o patamar mínimo que uma cidade em vias de digitalização pode apresentar. Das 75 classificadas nesta primeira edição do Índice, seis se encontram nesta fase (veja o ranking completo à pag. 14). São cidades que dispõem de infraestrutura e de serviços de telecomunicações, mas com limitação de pontos de acesso e de banda de transmissão. Em geral, não têm provedor local de acesso às redes digitais (ISP) e as conexões são por meio de ligações conurbadas ou de longa distância e a baixas taxas de transmissão, oque representa uma forte barreira à Sociedade da Informação. Ou seja, a banda larga é de baixa velocidade e qualidade deficiente.
NÍVEL 2 – Telecentros: Neste estágio se encontra a grande maioria das cidades deste ranking. Nada menos que 65 municípios se classificaram neste nível, no qual a população já conta com ISPs, há telecentros para acesso público à internet, mas com recursos mínimos de acessibilidade, como instalações físicas adequadas a cadeirantes. Todavia, o número de telecentros é limitado e há restrições de banda, tanto no acesso (em parte ainda é discado) quanto no backbone.
NÍVEL 3 – Serviços eletrônicos: As quatro primeiras colocadas se classificaram neste estágio, que reúne, no geral, as cidades com cobertura total para acesso público, ou seja, há telecentros distribuídos em toda a sua extensão territorial; os recursos de acessibilidade e usabilidade são mais presentes e possibilitam que pessoas com baixo nível de letramento ou portadoras de deficiência possam ter as barreiras de acesso diminuídas. Neste nível, a população incluída já pode usufruir de alguns serviços públicos e privados em ambiente virtual, embora aqui, também, ainda exista limitações de banda em termos de acesso e de backbone.
NÍVEL 4 – Pré-integrado: Neste estágio, em geral, a cobertura é total e sem limitação de banda para o acesso público; os serviços públicos encontram-se integrados em um único ambiente virtual, compondo uma plataforma de governo eletrônico que integra todas as esferas e poderes. Os telecentros e serviços públicos dispõem de um conjunto razoável de recursos de acessibilidade, usabilidade e inteligibilidade. Esse conjunto de serviços impõe desafios ainda maiores aos administradores, como o desenvolvimento de tecnologias e aplicações que despertem o interesse de uma população heterogênea, com diferentes níveis de alfabetização e de domínio das TICs. Neste tipo de cidade, alguns serviços privados são providos em ambiente virtual.
NÍVEL 5 – Integrado: É caracterizado por um alto grau de digitalização, com cobertura total tanto para o acesso público quanto para o acesso individual. Ao invés de um portal para cada serviço ou aplicação, nestas cidades, os serviços são integrados, notadamente os públicos, e há significativas quantidade e diversidade de recursos de acessibilidade, usabilidade e inteligibilidade. Há uma ampla gama de serviços privados em ambiente virtual;as comunidades também são integradase há ganhos em termos culturais e do exercício da cidadania.
NÍVEL 6 – Pleno: Além de todos os avanços apontados nos níveis anteriores, neste estágio as cidades reúnem a plenitude dos recursos digitais permitidos pelos arranjos sociais, econômicos, políticos e tecnológicos. Neste patamar, os serviços públicos e privados, integrados, criam um espaço virtual que se justapõe à cidade real. As novas tecnologias de comunicação e informação passam a fazer parte das construções que emprestam volume e forma à cidade: chips de silício e software são literalmente misturados a tijolos, aço e concreto. As construções passam a ser inteligentes e interligadas em rede.
• É importante destacar que a urbanização digital tem como objetivo de transformar um sistema social: a cidade. Assim, uma cidade digital não deve impor limites à utilização das TICs e sim prover recursos para que os serviços sejam utilizados e os conteúdos compreendidos pelos cidadãos.
Os critérios para a pontuação
Para pontuar as 75 cidades foram consideradas nove categorias:
( A ) PRESENÇA DE EQUIPAMENTOS PRIMÁRIOS
Nesta categoria foram reunidas as infor¬mações relacionadas à informatização dos órgãos da administração pública (direta, secretarias, postos de saúde, escolas, uni¬dades de segurança pública, etc.), assim como a velocidade de acesso à internet e o percentual de órgãos conectados.
( B ) ACESSO PÚBLICO À INTERNET
Considera os locais de acesso público à internet, como telecentros, hotspots, lan houses, quiosques e laboratórios de informática. Os dados, informados pelos ges¬tores públicos, foram ponderados com o número de habitantes, ou seja, a partir do cruzamento de dados e do perfil de uso (considerando-se o tempo de acesso médio de uma hora por semana), foi possível estimar quantos indivíduos são atendidos pelos pontos de acesso públicos.
( C ) COBERTURA GEOGRÁFICA
Dados que indicam em que grau o território municipal dispõe de cobertura para o aces¬so individual, seja ele provido pelas operadoras privadas seja por redes públicas municipais. Esta informação é ponderada com o número de acessos domiciliares, de acordo com os dados da Anatel.
( D ) ACESSIBILIDADE,USABILIDADE E INTELIGIBILIDADE
Considera os locais de acesso público à internet (telecentros, hotspots, lan houses, quiosques ou laboratórios de informática) com recursos para portadores de necessidades especiais e/ou pessoas com baixo nível de letramento. Assim como no item B, foi adotado o critério de ponderação por número de habitantes.
( E ) BANDA
Dados que indicam a velocidade de trans¬missão de dados mais frequente na rede, também de acordo com as informações da Anatel.
( F ) SERVIÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS
Nesta categoria foram reunidas as informações relacionadas aos serviços municipais de governo eletrônico, abrangendo desde portais da transparência e a frequência com que as informações são divulgadas; serviços como o de ensino a distância; comércio eletrônico; recursos para negócios entre pequenas empresas (B2B), até serviços/aplicações mais inovadores como os que contri¬buem para a melhoria da sustentabilidade ambiental, a exemplo do monitoramento de tráfego, medição e ou monitoramento da qualidade do ar e da água.
( G ) INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Informações relativas aos órgãos da administração pública como, por exemplo, se estão conectados entre si por uma rede de acesso municipal ou metropolitana, complementar às redes convencionais dos prove¬dores; se os órgãos da administração possuem sistemas informatizados que ajudam na execução de atividades, como na gestão da educação, de marcação de consultas, ou gestão de arrecadação tributária; e se têm suporte eletrônico para integração de seus processos operacionais, com cadastro único eletrônico, banco de dados com informações cruzadas entre as diversas secretarias.
( H ) INTEGRAÇÃO DE COMUNIDADES E NOVO ESPAÇO PÚBLICO
Existência e uso de sistemas que promovam a virtualização do cidadão e o surgimento de comunidades virtuais possibilitando a replicação da identidade do cidadão perante o Estado.
( I ) INTEGRAÇÃO DE CIDADES, ESTADOS E PAÍSES
Informações sobre serviços eletrônicos que integram atividades de órgãos municipais com outros serviços de órgãos estaduais e federais; e sobre eventuais serviços eletrônicos que integram atividades privadas com atividades públicas ou do Terceiro Setor, como por exemplo, nota fiscal eletrônica.
Prêmio e Destaques
Como reconhecimento ao trabalho das cidades melhores pontuadas, as classificadas até o 10º lugar recebem, na solenidade de premiação, marcada para o dia 14 de junho, em São Paulo, um troféu desenvolvido pela arquiteta Mônica Dias e pelo artesão e marceneiro Antonio Vespoli, com madeira encontrada em caçambas de demolição e reformas. A peça simboliza os muitos caminhos das
conexões nas cidades digitais. As primeiras colocadas são:
• Belo Horizonte, MG
• Curitiba, PR
• Porto Alegre, RS
• Vitória, ES
• Ibirapuitã, RS
• Jundiaí, SP
• Campinas, SP
• Santos, SP
• São Carlos, SP
• Tarumã, SP
• São Paulo, SP
• Tauá, CE
O Índice Brasil de Cidades Digitais também premia quatro destaques, nas categorias:
• Acessibilidade | Ibirapuitã, RS
• Acesso Público | Icapuí, CE
• Cobertura Geográfica | Campo Bom, RS
• Serviços e Aplicações | Porto Alegre, RS
Todas as cidades que enviaram suas informações para o Índice Brasil de Cidades Digitais
receberão um Certificado de Participação.
Para acessar o ranking completo, com as 75 cidades, clique aqui.
Fonte: Wireless Mundi
Mais informações
Dicionário de termos técnicos . Guia das Cidades Digitais
De A a Z
O que é o Guia das Cidades Digitais
Uma Cidade Digital amplia o acesso da população à tecnologia, estimula o desenvolvimento econômico e contribui para uma gestão pública mais eficiente. Acima de tudo, oferece aos habitantes uma nova perspectiva de cidadania.
Para que isto se concretize, é fundamental a expansão da Internet em banda larga – e mais de 2 mil municípios brasileiros ainda não têm este tipo de conexão.
Este é o primeiro portal brasileiro sobre a construção de cidades digitais em que o foco é o consumidor final, ou seja, administradores e gestores municipais, estaduais e federais, como prefeitos, governadores e secretários; empresas estaduais e municipais de processamento de dados; prestadores de serviço; executivos e técnicos da área de telecomunicações; consultores especializados e outros.
O objetivo do Portal Guia das Cidades Digitais é levar informações aos municípios e estados que querem ingressar nesse admirável mundo novo. Junte-se a nós.
Quem somos
O Guia das Cidades Digitais é uma iniciativa da Network Eventos. Com sua experiência na realização de exposições, seminários, fóruns e treinamentos nas áreas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação, a Network Eventos identificou a necessidade de reunir informações de qualidade que possam contribuir para a construção das cidades digitais brasileiras.
O resultado é este Guia, que mostra o que são as cidades digitais, as experiências de sucesso e os passos para chegar até lá.
Expediente
Direção geral: Carlos Calazans
Direção comercial: Thiago Chagastelles
Gerência de conteúdo e edição: Bia Alvim
Reportagem e redação: Gabriela Bittencourt, Marcelo Medeiros, Úrsula Neves e Vanderlei Campos
Webmaster: Rafael Cardoso
Guia das Cidades Digitais
Tel.: (21) 3325-6200 . Fax.: (21) 3329-0405
Av. das Américas 7899 – sala 215 . Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.793-081
www.guiadascidadesdigitais.com.br
O trabalho, iniciado em setembro de 2010 e concluído em março de 2011, começou com a conceituação do que é uma cidade digital e seguiu as diretrizes da publicação “As cidades digitais no mapa do Brasil” (organizada pelo então diretor de Universalização do Ministério das Comunicações, Átila Souto; pelo mestre em engenharia na área eletrônica e de comunicação Giovanni Moura de Holanda; e pelo diretor de Tecnologias de Serviços do CPqD, Juliano Castilho Dall’Antonia). Patrocinada pelo Ministério das Comunicações, a publicação fundamenta que as cidades consideradas digitais possuem variados níveis de infraestrutura de redes de telecomunicações, de acesso às TICs e de oferta de serviços eletrônicos públicos e privados. “Assim como nas cidades reais, com suas ruas, praças, diferentes níveis de infraestrutura, de saneamento básico, serviços públicos, como transporte, segurança pública, as cidades virtuais apresentam diferentes níveis de urbanização”, compara Dall’Antonia. Por isso, completa, as cidades digitais podem ser classificadas, indicando como estão integradas ao ciberespaço.
Além das informações levantadas a partir do questionário, foram pesquisados dados complementares como a população, número de domicílios, base de acessos no município (dados da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações) e a velocidade da conexão, também de acordo com os indicados da Anatel. Com todas as informações disponíveis, a estatística do CPqD Graziella Cardoso Bonadia agrupou os dados nas nove categorias definidas e estabeleceu um critério de pontuação para cada uma delas. “Na categoria presença de equipamento primário, a pontuação teve um peso menor, variando de 10 a 100; na categoria banda, a variação ficou entre 250 a 3.500; e na categoria integração de cidades, estados e países, o peso foi de 900 a 5000 pontos”, exemplifica Graziella. Desta forma, quanto mais a cidade avança a escala da informatização da infraestrutura e integração de serviços em direção à digitalização plena, maior peso tem a pontuação recebida, evitando eventuais distorções provocadas pelo bom desempenho em um item mas baixa performance nos demais. (veja tabela à pág. 10)
Níveis das cidades digitais
NÍVEL 1 – Acesso básico: Este é o patamar mínimo que uma cidade em vias de digitalização pode apresentar. Das 75 classificadas nesta primeira edição do Índice, seis se encontram nesta fase (veja o ranking completo à pag. 14). São cidades que dispõem de infraestrutura e de serviços de telecomunicações, mas com limitação de pontos de acesso e de banda de transmissão. Em geral, não têm provedor local de acesso às redes digitais (ISP) e as conexões são por meio de ligações conurbadas ou de longa distância e a baixas taxas de transmissão, oque representa uma forte barreira à Sociedade da Informação. Ou seja, a banda larga é de baixa velocidade e qualidade deficiente.
NÍVEL 2 – Telecentros: Neste estágio se encontra a grande maioria das cidades deste ranking. Nada menos que 65 municípios se classificaram neste nível, no qual a população já conta com ISPs, há telecentros para acesso público à internet, mas com recursos mínimos de acessibilidade, como instalações físicas adequadas a cadeirantes. Todavia, o número de telecentros é limitado e há restrições de banda, tanto no acesso (em parte ainda é discado) quanto no backbone.
NÍVEL 3 – Serviços eletrônicos: As quatro primeiras colocadas se classificaram neste estágio, que reúne, no geral, as cidades com cobertura total para acesso público, ou seja, há telecentros distribuídos em toda a sua extensão territorial; os recursos de acessibilidade e usabilidade são mais presentes e possibilitam que pessoas com baixo nível de letramento ou portadoras de deficiência possam ter as barreiras de acesso diminuídas. Neste nível, a população incluída já pode usufruir de alguns serviços públicos e privados em ambiente virtual, embora aqui, também, ainda exista limitações de banda em termos de acesso e de backbone.
NÍVEL 4 – Pré-integrado: Neste estágio, em geral, a cobertura é total e sem limitação de banda para o acesso público; os serviços públicos encontram-se integrados em um único ambiente virtual, compondo uma plataforma de governo eletrônico que integra todas as esferas e poderes. Os telecentros e serviços públicos dispõem de um conjunto razoável de recursos de acessibilidade, usabilidade e inteligibilidade. Esse conjunto de serviços impõe desafios ainda maiores aos administradores, como o desenvolvimento de tecnologias e aplicações que despertem o interesse de uma população heterogênea, com diferentes níveis de alfabetização e de domínio das TICs. Neste tipo de cidade, alguns serviços privados são providos em ambiente virtual.
NÍVEL 5 – Integrado: É caracterizado por um alto grau de digitalização, com cobertura total tanto para o acesso público quanto para o acesso individual. Ao invés de um portal para cada serviço ou aplicação, nestas cidades, os serviços são integrados, notadamente os públicos, e há significativas quantidade e diversidade de recursos de acessibilidade, usabilidade e inteligibilidade. Há uma ampla gama de serviços privados em ambiente virtual;as comunidades também são integradase há ganhos em termos culturais e do exercício da cidadania.
NÍVEL 6 – Pleno: Além de todos os avanços apontados nos níveis anteriores, neste estágio as cidades reúnem a plenitude dos recursos digitais permitidos pelos arranjos sociais, econômicos, políticos e tecnológicos. Neste patamar, os serviços públicos e privados, integrados, criam um espaço virtual que se justapõe à cidade real. As novas tecnologias de comunicação e informação passam a fazer parte das construções que emprestam volume e forma à cidade: chips de silício e software são literalmente misturados a tijolos, aço e concreto. As construções passam a ser inteligentes e interligadas em rede.
Os critérios para a pontuação
( A ) PRESENÇA DE EQUIPAMENTOS PRIMÁRIOS
Nesta categoria foram reunidas as infor¬mações relacionadas à informatização dos órgãos da administração pública (direta, secretarias, postos de saúde, escolas, uni¬dades de segurança pública, etc.), assim como a velocidade de acesso à internet e o percentual de órgãos conectados.
( B ) ACESSO PÚBLICO À INTERNET
Considera os locais de acesso público à internet, como telecentros, hotspots, lan houses, quiosques e laboratórios de informática. Os dados, informados pelos ges¬tores públicos, foram ponderados com o número de habitantes, ou seja, a partir do cruzamento de dados e do perfil de uso (considerando-se o tempo de acesso médio de uma hora por semana), foi possível estimar quantos indivíduos são atendidos pelos pontos de acesso públicos.
( C ) COBERTURA GEOGRÁFICA
Dados que indicam em que grau o território municipal dispõe de cobertura para o aces¬so individual, seja ele provido pelas operadoras privadas seja por redes públicas municipais. Esta informação é ponderada com o número de acessos domiciliares, de acordo com os dados da Anatel.
( D ) ACESSIBILIDADE,USABILIDADE E INTELIGIBILIDADE
Considera os locais de acesso público à internet (telecentros, hotspots, lan houses, quiosques ou laboratórios de informática) com recursos para portadores de necessidades especiais e/ou pessoas com baixo nível de letramento. Assim como no item B, foi adotado o critério de ponderação por número de habitantes.
( E ) BANDA
Dados que indicam a velocidade de trans¬missão de dados mais frequente na rede, também de acordo com as informações da Anatel.
( F ) SERVIÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS
Nesta categoria foram reunidas as informações relacionadas aos serviços municipais de governo eletrônico, abrangendo desde portais da transparência e a frequência com que as informações são divulgadas; serviços como o de ensino a distância; comércio eletrônico; recursos para negócios entre pequenas empresas (B2B), até serviços/aplicações mais inovadores como os que contri¬buem para a melhoria da sustentabilidade ambiental, a exemplo do monitoramento de tráfego, medição e ou monitoramento da qualidade do ar e da água.
( G ) INTEGRAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Informações relativas aos órgãos da administração pública como, por exemplo, se estão conectados entre si por uma rede de acesso municipal ou metropolitana, complementar às redes convencionais dos prove¬dores; se os órgãos da administração possuem sistemas informatizados que ajudam na execução de atividades, como na gestão da educação, de marcação de consultas, ou gestão de arrecadação tributária; e se têm suporte eletrônico para integração de seus processos operacionais, com cadastro único eletrônico, banco de dados com informações cruzadas entre as diversas secretarias.
( H ) INTEGRAÇÃO DE COMUNIDADES E NOVO ESPAÇO PÚBLICO
Existência e uso de sistemas que promovam a virtualização do cidadão e o surgimento de comunidades virtuais possibilitando a replicação da identidade do cidadão perante o Estado.
( I ) INTEGRAÇÃO DE CIDADES, ESTADOS E PAÍSES
Informações sobre serviços eletrônicos que integram atividades de órgãos municipais com outros serviços de órgãos estaduais e federais; e sobre eventuais serviços eletrônicos que integram atividades privadas com atividades públicas ou do Terceiro Setor, como por exemplo, nota fiscal eletrônica.
Prêmio e Destaques
conexões nas cidades digitais. As primeiras colocadas são:
• Belo Horizonte, MG
• Curitiba, PR
• Porto Alegre, RS
• Vitória, ES
• Ibirapuitã, RS
• Jundiaí, SP
• Campinas, SP
• Santos, SP
• São Carlos, SP
• Tarumã, SP
• São Paulo, SP
• Tauá, CE
O Índice Brasil de Cidades Digitais também premia quatro destaques, nas categorias:
• Acesso Público | Icapuí, CE
• Cobertura Geográfica | Campo Bom, RS
• Serviços e Aplicações | Porto Alegre, RS
Todas as cidades que enviaram suas informações para o Índice Brasil de Cidades Digitais
receberão um Certificado de Participação.
Para acessar o ranking completo, com as 75 cidades, clique aqui.
Fonte: Wireless Mundi
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Dicionário de termos técnicos . Guia das Cidades Digitais
De A a ZO que é o Guia das Cidades Digitais
Uma Cidade Digital amplia o acesso da população à tecnologia, estimula o desenvolvimento econômico e contribui para uma gestão pública mais eficiente. Acima de tudo, oferece aos habitantes uma nova perspectiva de cidadania.
Para que isto se concretize, é fundamental a expansão da Internet em banda larga – e mais de 2 mil municípios brasileiros ainda não têm este tipo de conexão.
Este é o primeiro portal brasileiro sobre a construção de cidades digitais em que o foco é o consumidor final, ou seja, administradores e gestores municipais, estaduais e federais, como prefeitos, governadores e secretários; empresas estaduais e municipais de processamento de dados; prestadores de serviço; executivos e técnicos da área de telecomunicações; consultores especializados e outros.
O objetivo do Portal Guia das Cidades Digitais é levar informações aos municípios e estados que querem ingressar nesse admirável mundo novo. Junte-se a nós.
Quem somos
O Guia das Cidades Digitais é uma iniciativa da Network Eventos. Com sua experiência na realização de exposições, seminários, fóruns e treinamentos nas áreas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação, a Network Eventos identificou a necessidade de reunir informações de qualidade que possam contribuir para a construção das cidades digitais brasileiras.
O resultado é este Guia, que mostra o que são as cidades digitais, as experiências de sucesso e os passos para chegar até lá.
Expediente
Direção geral: Carlos Calazans
Guia das Cidades Digitais
Tel.: (21) 3325-6200 . Fax.: (21) 3329-0405
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