Através de movimentos de dança contemporânea, levemente mesclados com expressões teatrais, a alma do palhaço tomará os palcos do Teatro Municipal de São João del-Rei hoje, 1º. Isso porque a cidade é um dos destinos da turnê do Grupo Êxtase de Dança, que sai de Viçosa para espalhar seu trabalho por outras cidades de Minas Gerais.

Dança contemporânea do Grupo Êxtase chega a São João em turnê – Foto: Reyner Araújo / Divulgação

Dez bailarinos vão compor o elenco da apresentação em território são-joanense. A diretora do grupo, Patrícia Lima, contou que o espetáculo será dividido em duas partes. “No primeiro momento será apresentado o trabalho Coreografia por Partes, desenvolvido com o coreógrafo Alex Neoral, do Rio de Janeiro. A segunda parte traz o espetáculo Palhaços, fruto de uma parceria com a coreógrafa Rosa Antuña”, explicou.

Palhaços é o trabalho do grupo que, desde novembro, vem sendo exibido em diferentes cenários. Patrícia destacou o diferencial do espetáculo. “Ao mesmo tempo, trazemos brincadeiras e propomos reflexões profundas. É uma mistura de linguagens e sensações e o foco é traduzir um pouco sobre a alma do artista”, frisou. Ela contou ainda que cerca de 14 músicas integram a trilha sonora, que é composta por canções brasileiras e internacionais.

A diretora contou ainda que São João del-Rei foi uma das cidades selecionadas para receber a turnê por apresentar uma rica bagagem cultural,conhecida pelo grupo, já que bailarinos são-joanenses fizeram parte da escola de dança. “É uma cidade com a qual já fizemos trocas artísticas. Agora podemos levar o nosso trabalho até ela e assimilar a cultura que ela tem para nos oferecer”, afirmou.

Além de hoje, o espetáculo seria apresentado ontem, 31, direcionado a alunos da Escola Municipal Maria Teresa.

Para a apresentação de hoje estão sendo vendidos ingressos na Loja Dri Monteiro e no Shopping Hills. As entradas custam R$20 e os estudantes pagam meia entrada.

O grupo
O Grupo Êxtase de Dança já existe há mais de 30 anos. No início, atuava de forma amadora, mas desde 2006, ano em que passou a contar com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura, trabalha profissionalmente. “A equipe já percorreu mais de 40 cidades e já foi contemplada duas vezes com o prêmio Cena Minas”, contou Patrícia, destacando que se sente feliz por ver a profissionalização em cidades interioranas: “Isso é legal porque saímos do interior e conseguimos ampliar nosso trabalho, formar o nosso público, levando a nossa dança para muitas cidades”, disse.

Outra peculiaridade do grupo são os currículos dos componentes. Segundo a diretora, os bailarinos possuem diferentes formações.