São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto Transparentes

a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
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Publicações

Tipo: Artigos | Cartilhas | Livros | Teses e Monografias | Pesquisas | Lideranças e Mecenas | Diversos

Escopo: São João del-Rei | Tiradentes | Ouro Preto | Minas Gerais | Brasil | Mundo

 

Marcos Mazzoni

Descrição

Exposição Marcos Mazzoni – moderno, contemporâneo, barroco, póvera

MINAS INCONFIDENTE

Minas é mistério, fascínio, revelação, encantamento. Minas dos poetas, da poesia...
A arte de Marcos Mazzoni é um acervo que revela a Minas na sua mineirice e na sua mineiridade a ser descoberta nas artes plásticas deste fantástico mineiro de São João Del Rei.
Marcos nasceu e se perdeu nas ruas de São João Del Rei nos devaneios de menino que seguia procissões para catar respingo de vela e esculpir suas primeiras figuras. Esperto e cheio de imaginação bateava ouro no Córrego do Lenheiro para barganhar por balas.
Imaginem só... Um geniozinho das artes moldado no seio da Mãe do Ouro.
Cresceu em meio aos cabeções do carnaval, na oficina do Sr. Tarcilio que misturava neste ambiente arte, carnaval e clássicos da literatura de Minas. Trazendo no sangue a tempera dos italianos imigrantes e construtores da indústria mineira.
O caminho passou pela Belas Artes, pelos salões de arte de Minas, até a consagração pela Bienal de São Paulo, a representação do contemporâneo em Bruxelas em 1970.
Arte se tornou então inconfidência, segredo e transgressão. Marcos era então o chefe da equipe que dos anos 50 a 80 documentou artisticamente a arquitetura barroca, colonial e moderna de Belo Horizonte e Minas Gerais. Acervo fotográfico que ilustra os melhores e mais conceituados livros e documentários da arquitetura e arte de Minas. O livro Capela N. S. do Ó, tem fotos e bicos de pena de Mazzoni e está na Biblioteca do Congresso Nacional dos Estados Unidos como obra rara.
Marcos fotógrafo arquitetônico, escultor, pintor, ceramista, designer de móveis, colecionador de antiguidades, botânico. Marcos múltiplo, único, um dos possuidores do toque de Midas no solo de Minas, senhor dos objetos, das formas, das cores, Marcos revela as entranhas de Minas na sua obra. O poder de transformar o barro da nossa terra, de transformar as mais diversas formas na arte pura de Minas: barroca, moderna, póvera...

Mineirice e mineiridade na obra de Marcos é para se sentir, extasiar, entorpecer. Irrevelável, sentida, a se apropriar, deliciar, vivenciar.

Um pouco de Marcos é o suficiente para se embriagar de Minas, se viciar irremediavelmente pelas paragens dos recantos daqui. Quem vem, experimenta esta arte se torna mineiro por inconfidência, por paixão desvairada...
É assim, a mágica de se desconectar do formal, libertar-se da lógica, do pudor, expor-se ao ridículo, à crítica e ser inalcançável, extasiante, extremamente entorpecedor dos sentidos.
E mineiridade é isto: apropriar-se do culto, do belo do mágico e liberar com mineirice, brejeirice. O simples, o pleno ao mesmo tempo te envolvendo e fora do seu alcance.
Minas se eterniza nas artes plásticas através da  obra de Marcos.

Breves destaques no histórico do artista

Curso de Escultor – Escola de Belas Artes de MG
Chefe da Foto-Documentação da Escola de Arquitetura da UFMG por mais de 30 anos
Produção de cerca de 50.000 da história da Arquitetura colonial e barroca, moderna de Minas.
Ilustração, fotos e capa de grande parte dos livros sobre arquitetura colonial de Minas.
Destaque para os bicos de pena do Livro Nossa Senhora do Ó do prof. Sylvio de Vasconcellos, obra tida como rara pela Biblioteca do Congresso Nacional dos Estados Unidos. Capa e Fotografia do Livro “O Aleijadinho na Serra da Piedade” do prof. Edmundo B. Fontenelle.
Seleção na XII Bienal de São Paulo para representar o contemporâneo em Bruxelas com o “Foc-Móbili”
1º Prêmio VIII Salão de Belas Artes do Museu de Arte da Pampulha – BH – Escultura “Móbile”
3º Prêmio Salão de Belas Artes de Belo Horizonte – BH – Escultura “Peixe Ferido”
Medalha de Bronze do II Salão Sãojoanense de Belas Artes
Menção Honrosa no Salão Oficial de Juiz de Fora em 1960
Medalha de Prata de Fotografia de Arquitetura do I Salão de Arquitetura do Rio Grande do Sul
Menção Honrosa Especial do 3º Salão de Fotografia de Sabará
Exposição individual comemorativa do Bicentenário da Inconfidência Mineira no Museu de Arte da Pampulha – 1989
Realizador da Casa-Museu Mazzoni

***

Um pedacinho de São João Del Rei em Belo Horizonte



Quem ama São João, tem a profusão barroca na alma, vive enquanto sonha percorrer aquelas ruelas da cidade, descer às margens do Lenheiro, se embebedar dos cheiros, sons e luzes daquelas pontes...
Quem traz São João dentro do peito tem que dar um jeito de vivenciar a arte de Marcos Mazzoni.

Marcos deixou na capital mineira um museu-vivo, um conceito de arte moderna de inspiração barroca que desnorteia as idéias mais fantásticas já vividas por estas bandas.
Planejou e executou durante mais de 40 anos uma casa que cria a oportunidade das pessoas circularem dentro de uma obra de arte.

Então, transpondo o muro de minério de ferro, um jardim que mistura revolução dos robôs, Zé – interpretando Camões, chão de estrelas, caminho das porcas, das ferraduras, interpretação de passagens da inconfidência mineira, experiências e experimentações.
Despida de preconceitos, nua em pelo, desvairada de mineiridade, a arte de Marcos recebe o visitante com vitrais que reproduzem aqui e ali símbolos como o triângulo de Minas, oratórios sem santo, oratórios de tudo dentro, procissão de tipos populares e de santos.
Arte pura, magia dos contrastes, ora sacro, sempre profano.





Desculpem, se me enxergam pretensiosa, mas vivo para alertar que quem não experimentar a arte de Marcos, vai perder a chance de ser inconfidente, ainda que tardio...
E, ser de Minas, escolher Minas é eleger templo sagrado no coração, deixar a alma bater que nem sino, inebriar os sentidos de emoção, verter suor com gosto do prazer, caminhar pela vida com o exército de agentes culturais enlouquecidos pela missão de defender, amar e divulgar...
Amar Minas exige peregrinar pelas igrejas barrocas, admirar as montanhas e serras, molhar os pés nas águas geladas dos rios e cachoeiras e caminhar dentro da obra de arte de Marcos Mazzoni...
O barroco hoje, transpondo o moderno, levando ao sonho, ao desvario... A vivenciar o contraste extremos das emoções, sozinho entre montanhas, único dentro da experiência da arte plena do sentido da mineiridade.
Experimente Minas
Sinta a arte de Marcos...

Marina Mazzoni

***

São João del-Rei: do barro ao barroco . Antônio Emílio da Costa

A versatilidade e a criatividade dos artistas são-joanenses mostram como o universo mítico-cultural de São João del-Rei é generoso para quem se expressa por meio da arte. Esta é a conclusão a que chega quem conhece a produção do artista Marcos Mazzoni, nascido em 1932 e reconhecido nacional e internacionalmente por suas obras em museus brasileiros e europeus. Marcos Mazzoni, tempos atrás, participou da Bienal Internacional de São Paulo e do Salão de Arte Internacional de Bruxelas, na Bélgica.
Em nossa cidade, uma exposição individual temática sobre a Inconfidência Mineira integrou a programação do projeto 1792 – 1992: 200 sonhos de liberdade, alusiva ao bicentenário do sacrifício de Tiradentes. Nela, entre 15 de abril e 15 de maio de 1992, no Museu Regional, Mazzoni expôs esculturas em cerâmica, pinturas, instalações, símbolos e objetos, reverenciando um dos mais importantes movimentos libertários do país. Na ocasião, ele confessou que sua linguagem escultórica se inspirava nos “blocos de cabeções”, próprios do carnaval são-joanense de sua infância.
O envolvimento do artista com a Inconfidência Mineira era tamanho que rendeu-lhe a alcunha de “inconfidente contemporâneo” e até a casa onde residiu, em Belo Horizonte, era a representação da Arcádia: símbolos mineiros, setecentistas, inconfidentes espalhavam-se pelos muros, revestiam paredes e apareciam entalhados até no assoalho e no teto.
Recentemente a casa de Marcos Mazzoni foi tema do programa Terra de Minas, que você pode assistir no link http://g1.globo.com/videos/terra-de-minas/v/terra-de-minas-visita-uma-casa-em-bh-onde-ha-muitas-obras-de-arte/1411415/
Fonte: Tencões e Terentenas

Matéria TV:
Acervos públicos mostram trabalhos de artistas com materiais reutilizados em BH
A casa de Marcos Mazzoni
Marcos Mazzoni . por Alzira Agostini Haddad
Marcos Mazzoni faleceu no dia 13 de agosto de 2002 e foi enterrado no cemitério do Carmo

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