São João del-Rei, Tiradentes e Ouro Preto Transparentes

a cidade com que sonhamos é a cidade que podemos construir

la ciudad que soñamos es la ciudad que podemos construir

the city we dream of is the one we can build ourselves

la cittá che sognamo é la cittá che possiamo costruire

la ville dont on rêve c’est celle que nous pouvons construire

ser nobre é ter identidade
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OGs e ONGs

Teatro da Pedra

Título

Teatro da Pedra

Atividades/Serviços

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Teatro da Pedra Agenda Cultural/Histórico
Campanha de financiamento coletivo “Teatro da Pedra vai pra Cuba!”
Use seu Imposto de Renda para transformar a vida de milhares de pessoas com o Teatro da Pedra/Campanha
Diretor: Juliano Pereira

Desde 1998 | contato@manicomicos.com.br | 32 3373 5892 | Espaço Cultural: na estrada velha das Águas Santas

O Teatro da Pedra, antes Espaço Cultural ManiCômicos, é um lugar para a troca e desenvolvimento de práticas artísticas e uma das cinco ações do projeto Arte por Toda Parte. O Espaço possui uma programação de oficinas e eventos ao longo do ano, sempre com preços acessíveis ou entrada franca.
O Teatro da Pedra conta com 700 alunos, em São João, fazendo teatro gratuitamente, e mais 300 alunos na região. São mais de mil estudantes participando de oficinas de artes cênicas, literatura, dança, música, etc.

É um grupo de teatro que, nas suas andanças, percebeu a demanda de atividades culturais e artísticas das populações das comunidades. O Teatro da Pedra foi desenvolvendo projetos sociais como o Arte por Toda a Parte, que leva o fazer artístico para locais onde não há essa oportunidade. Hoje, é o sétimo ano da Companhia na cidade. São João apóia e reconhece o trabalho do grupo, que representa o município em eventos e premiações. Mantém uma pesquisa constante do fazer artístico, ao mesmo tempo em que desenvolve o projeto social.

HISTÓRICO

Em 1998, a ManiCômicos surgiu, despretensiosa, da vontade de seis amigos de fazer teatro. Inventaram um nome irreverente, criaram um espetáculo “A Farsa do Cangaço, oxx!” e começaram a se apresentar na região onde moravam, a Zona Sul da cidade de São Paulo. Com a falta de espaços adequados e a ausência de atividades desse tipo na região, foi uma surpresa encontrar uma plateia ávida e entusiasmada pelas ruas, praças, parques, centros comunitários e escolas por onde a Cia. se apresentou. Foi nesse encontro com uma nova plateia que a ManiCômicos foi crescendo e desenvolvendo uma maneira própria de fazer teatro.
Destacam-se:
·       Uma técnica elaborada a partir da consciência corporal e da exploração das possibilidades do movimento segundo Rudolf Laban;
·       A utilização do jogo e do improviso para a descoberta da cena, num processo colaborativo entre atores e diretor, que culmina na própria dramaturgia dos espetáculos;
·       A busca por uma linguagem popular para tratar temas provocadores, inquietações do grupo em relação ao mundo, alimentados por bibliografias variadas e específicas a cada montagem.

Em 2005, em busca de novos desafios e atendendo a anseios pessoais, a Cia Teatral ManiCômicos muda-se para São João del-Rei, onde instala sua nova sede e desenvolve seus projetos. No entanto, alguns antigos integrantes do grupo, parceiros de um caminho de tantas jornadas resolveram permanecer em São Paulo, fundando a Brava Cia.
Com onze anos de estrada, onze montagens no currículo, assistida por mais de 300 mil pessoas e sendo o primeiro grupo profissional da cidade de São João, a Cia tem ajudado a fomentar a prática teatral na região a partir do encontro de novas platéias e da busca pelo aprimoramento de suas técnicas,
A Cia Teatral Manicômicos é movida por sonhos e realizações de Cynthia Botelho, Jean Fábio Orlando Talarico e Juliano Pereira.

Espetáculos criados pela Cia Teatral ManiCômicos:
1998 - espetáculo: “A Farsa do Cangaço, ôxx”;
1999 - espetáculo: “Caravelas de Papel”;
2000 - espetáculo de rua: “Muita sede”;
2001 - espetáculo infanto-juvenil: “Aprendiz de Poesia”;
2002 - espetáculo de rua: “Perfeição - Quando a Tempestade Nasce das Luzes”;
2003 - espetáculo infantil: “Ombojera - Uma história do mundo”;
2005 - espetáculo de rua: “Kaosu - O Maior Espetáculo da Terra!”;
2007 – espetáculo: “Rosa-Flôr”;
2008 – espetáculo de rua: “O Grande Dia”;
2008 – espetáculo infantil: “Cavaleiro Valente”;
2009 – espetáculo de rua “Domdeandar”.

Sinopse de Espetáculos

Sinopse “Perfeição – Quando a Tempestade Nasce das Luzes”        
 
Quatro caminhantes trazem em suas bagagens a história de uma cidade, outrora tão orgulhosa de seu desenvolvimento científico e tecnológico, que se perde no enfrentamento de uma epidemia, que em pouco tempo toma proporções descomunais e põe em risco a vida humana.
Num jogo dinâmico e divertido esses quatro caminhantes vão contando essa história para a platéia disposta em círculo ao redor dos atores. Com música, riscos e improvisos, o problema é apresentado, mas as ações nunca dão conta de vencê-lo e a cidade é fechada, as provisões são racionadas e o caos é instaurado.
A caricatura da nossa própria sociedade, que busca a “perfeição” proporcionada pela ciência e a tecnologia, que quando confrontada com a sustentabilidade do meio ambiente, se mostra falha e insuficiente é explicitada neste espetáculo da Companhia Teatral Manicômicos.
Até quando deixaremos um rio morrer para só então atuar na sua preservação? Para dar vazão a essas inquietudes com a situação do meio ambiente e o desenvolvimento e para provocar reflexões sobre estes temas é que a Cia. Teatral Manicômicos trouxe à luz: Perfeição – Quando a Tempestade Nasce das Luzes.
Ficha técnica:
Uma Criação da Cia Teatral ManiCômicos
Direção: Juliano Pereira
Texto: Cia. Teatral Manicômicos 

Sinopse – “O Grande Dia”
“A história é mais ou menos assim. Aconteceu numa cidade abençoada, onde uma moça donzela aformosada se engraçou com rico estrangeiro.
Marcou casório. Parou a cidade.
Tocou o sino da Igreja, que hoje tem festa no povoado, vai casar moça distinta, com estrangeiro afortunado.
Mas reparem: em terra de Santo tudo se espera. Num é que havia outro mocinho interessado na donzela!
E o duelo que travaram foi velado, foi escondido. Usaram a língua do povo (existe algo mais danado?).
E, verdade seja dita: o povo aumenta, mas não inventa. Há sempre um fio de razão.
E no final das contas, essa história tem revés,
Quem ficar, preste atenção e descobrirá o viés.”
“O Grande Dia” é o nono espetáculo da Cia Teatral ManiCômicos. Criado especialmente para a rua, a peça propõe um jogo dinâmico e divertido ao falar de um tema comum a toda cidade pequena e quem sabe às maiores também: a fofoca, o boato, o maldizer que movimenta a opinião das pessoas e cria uma nova “realidade”.
Com personagens inspirados nos arquétipos da Commedia dell’Arte, base de pesquisa da Cia desde sua fundação, “O Grande Dia” traz à tona o velho avarento, a mocinha apaixonada, o servo esperto e um estrangeiro que dá o que falar, numa releitura aprofundada nos personagens presentes em nossos cotidianos, observados pelos atores no período de pesquisa da criação do espetáculo. O texto da peça, que surgiu a partir de um processo colaborativo, entre atores e diretor, em improvisações em sala de ensaio, permite aos atores o improviso e a interação com a platéia, características do teatro de rua.
Ficha técnica:
Uma Criação da Cia Teatral ManiCômicos
Elenco:
Cyntia Botelho | Jean Fábio | Juliano Pereira | Eliane Abreu Rios | Orlando Talarico
Direção: Juliano Pereira
Texto, Cenário e Figurinos: O grupo
Produção Executiva: Elis Ferreira
 
Sinopse “Rosa-Flôr”

Rosa-Flôr... Menina-Mulher... Botão ainda germe, mas que carrega dentro de si a força de seu florescer... Perpassando o seu desabrochar ora marcado pela luta contra as intempéries, ora marcado pela delicadeza de seu movimento nascente, somos lançados à cadência do existir mesmo.  Cadência que dá o tônus e o vigor à maturação desta Rosa.
Neste oitavo espetáculo da Cia Teatral ManiCômicos que trata do universo feminino, o grupo traz à tona o conflito entre as imposições ainda existentes em nossa sociedade e o desejo da mulher na escolha pelo seu próprio caminhar. A partir desta tensão o grupo quer propor, com uma certa dose de humor, uma reflexão poética sobre a condição da mulher no mundo atual.
No desenrolar desta estória acompanharemos Rosa, que vive no sertão longe de todo o lugar, a partir de sua infância até a fase adulta, passando pelas descobertas de cada etapa de seu desabrochar e do seu esforço em trilhar um caminho próprio, mesmo que tendo para isso de romper com as suas estruturas mais seguras e com as amarras que tolhem o seu florescer. A ambiência do sertão em que a peça se instaura, longe de querer distanciar a narrativa do público, quer, como em Guimarães Rosa, aproximar ainda mais e de maneira universal, a trama da platéia. Sertão em que a existência de Rosa se vê lançada e perpassada pela constante re-conquista de seu lugar no mundo.

Ficha técnica:
Uma Criação da Cia Teatral ManiCômicos
Elenco:
Cyntia Botelho | Jean Fábio | Juliano Pereira | Sônia Abreu | Orlando Talarico
Direção: Juliano Pereira
Texto: Grupo
Pesquisa: Renata Araujo
Preparação Musical: André Mendes

Sinopse “Domdeandar”

O espetáculo conta a estória de Fernando na resignada busca pelo amor de sua vida. Na sua infância este sentimento já desponta, embora ainda delineado pela pureza da infância. O tempo passa e ele se vê alijado da presença de sua amada e do carinho das pessoas que o rodeiam... Tem início, então, a procura pelo seu grande amor... O que o norteia por este caminho desconhecido são os relatos um tanto embaçados daqueles que conviveram com ela. Nessa busca, Fernando descobre novas paisagens, novos amigos e se emaranha em aventuras desafiadoras... Caminhos de religiosidade, fé, estórias, paisagens, personagens, sabores e muito humor tecem a trama desta bela estória.
Este espetáculo é o décimo primeiro da Cia Teatral ManiCômicos. Criada especialmente para a rua, a peça foi inspirada na pesquisa sobre a diversidade cultural de Minas Gerais nas cidades de Barroso, Coronel Xavier Chaves, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Resende Costa, São João del-Rei e São Tiago. Neste espetáculo alguns elementos de cada cidade ganharam um destaque especial. Contudo, isto não quer dizer que aquele espectador que não conhece ou não é morador destes lugares visitados não possa se reconhecer na estória que ali corre. Isso porque esta pesquisa desenvolvida pelo Projeto Dom de Minas tem um intuito também de dar visibilidade aos elementos que caracterizam tão propriamente as nossas minas gerais. Ao percorrermos estas cidades não adentramo-nos somente nas suas singularidades, pois nos é possível ver ali a multiplicidade do que é ser mineiro, este habitante das montanhas, das fazendas, homem de fé, de mãos habilidosas e muitos causos. Além da inspiração enriquecida pelas estórias destas cidades mineiras, a Cia Teatral ManiCômicos também se alimenta da obra do escritor mineiro Fernando Sabino.
Ficha técnica:
Uma Criação da Cia Teatral ManiCômicos
Elenco: Anderson Rail | Cyntia Botelho | Gheysla do Nascimento | Jean Fábio | Marcos Fonseca | Orlando Talarico
Participação especial: Banda Martelo de Pano
Músicos
Gabriel Resende | Guilherme Rodrigues | Luiz Nascimento | Rafael Wolbert
Direção: Juliano Pereira
Texto: Grupo
Pesquisa: Grupo

Sinopse “Cavaleiro Valente”

Era uma vez... Valentino, um rapaz muito sabido, que passava os dias a ler seus livros.
Histórias de todo o mundo ele sabia. Falar com os bichos ele também sabia. Se guiar pelas grandes constelações do céu ele sabia muito bem. Só o que ele não sabia era como o mundo era, pois tudo o que ele conhecia estava nos livros.
Foi então que uma grande escuridão tomou conta de seu vilarejo, e o rapaz saiu para salvar uma princesa,
que era filha de um rei, que...
E foi assim que Valentino conheceu o mundo.
Ficha Técnica
Uma criação da Cia Teatral ManiCômicos
Elenco:
Cyntia Botelho | Jean Fábio | Orlando Talarico
Direção: Juliano Pereira
Texto, Cenário e Figurinos: O grupo

MEMBROS
Cyntia Botelho | Jean Fábio | Juliano Pereira | Orlando Talarico.
Arte-Educadores: Cyntia Botelho | Elis Fernanda | Fernanda Nascimento | Jean Fábio | Juliano Pereira | Luiza Fernandes | Marcia Pitança | Marcos Vinicius Fonseca | Orlando Talarico | Pablo Araújo | Paula Nicolau | Rafael Soares.
Monitores: Ana Maria Malta | Luis Carlos | Priscila Natany | Sônia Abreu.
Administrativo: Anderson Rail | Andréia Serpa | Cida Ferreira | Flávio Augusto | Joanna Matrowitz | Priscila Natany | Rafael Wolbert.
Alimentação: Lucilea Maria Vianini
Transporte: Chico | Pierre | Silvério.
Atrizes: Cyntia Botelho | Eliane Abreu Rios | Elis Ferreira | Fernanda Nascimento | Gheysla Nascimento | Márcia Pitança | Paula Nicolau | Sônia Abreu.
Atores: Anderson Rail | Jean Fábio | Marcos Vinicius Fonseca | Orlando Talarico.
Músicos: Gabriel Rezende | Guilherme Faria | Luiz Nascimento | Neivison Barbosa | Rafael Wolbert.
Pesquisa: André Frigo
Manutenção: Helen Cristina Silva
Fotografia: Nathanael Andrade
Assistência técnica computadores: João Luiz Conrado

DIFICULDADES DA ÁREA
“Gostaríamos de ter uma sede própria, seja comprada ou cedida por comodato. A sede é alugada. Se tivéssemos uma localidade própria, teríamos mais espaços adequados para atividades e desenvolvimento lúdico. Se o espaço fosse nosso, poderíamos requerem verba para a reforma e transformação”, 
“Acho que falta parceria na realização dos projetos, coletividade. Penso que o Turismo precisa ser desenvolvido. O turista quer ver espetáculos de teatro de qualidade. Em outras cidades, incluem, em seu, passeio peças de R$ 50, 60 reais. Isso seria em prol do município: as pessoas viriam para cá porque tem teatro, música de qualidade e também ajuda na manutenção do grupo”.
Juliano Pereira

AÇÕES DO GRUPO
Oficinas:

Projeto Arte Por Toda Parte
Oferece aulas de teatro semanais a crianças, jovens e adultos em XX bairros de São João Del Rei e nas cidades de Dores de Campos, Lagoa Dourada, Perdões, Resende Costa e Tiradentes.

Curso de Preparação para atores (CPPA)
Com reconhecimento do Sindicato dos Artistas de Minas Gerais (SATED) a Associação promove um curso profissionalizante de teatro com duração de dois anos e meio.

Encontro de Grupos
Durante o Encontro de Grupos de Teatro realizado anualmente pela Cia. Teatral ManiCômicos, oficinas diversas são oferecidas a artistas profissionais e amadores de toda a região.

Oficinas Extraordinárias
Ao Longo do ano, algumas oficinas são oferecidas durante finais de semana, tais como: Oficina de “Commedia dell’Arte”, Oficina de “Clown”, entre outras.

Tipo de sustentabilidade econômica: 
Aos poucos, as pessoas vêem a seriedade do trabalho. O Arte por Toda Parte foi aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem o apoio da Cemig há três anos. Há empresas que adotam turmas em cada comunidade também e ajudam a realizar o projeto. “A captação, em entidades que promovem ações culturais, é um movimento constante. O lado artístico às vezes tem verba que conseguimos com a bilheteria, mas, às vezes, não tem. Somos considerados Associação de Utilidade Pública, mas não recebemos nenhuma verba de Prefeitura de São João. Conseguimos apoio de Prefeituras de cidades vizinhas, como Resende Costa, Dores de Campos, Lagoa Dourada e Perdões; e em Tiradentes do Sesi”.

Prêmios

Prêmio Cena Minas – ManiCômicos no Coliseu
No início de 2009, orientado pela Sra. Sula Mavrudis, coordenadora da área de circo do SATED – MG, a Cia Teatral ManiCômicos iniciou uma aproximação com o Circo Coliseu de Roma de Minas Gerais. Deste encontro, surgiu o desejo de ampliar a parceria e a troca de experiências entre a Cia Teatral ManiCômicos e o Circo Coliseu de Roma com o Projeto ManiCômicos no Coliseu.
 Este Projeto foi escolhido no Prêmio Cena Minas da Secretária de Cultura do Estado de Minas Gerais, e possibilitou a apresentação do espetáculo “O Grande Dia” debaixo da lona em oito cidades do interior de Minas Gerais.

Prêmio Míriam Muniz
A Cia Teatral ManiCômicos foi contemplada com o prêmio “Míriam Muniz” da FUNARTE. (Fundação Nacional das Artes). Este Prêmio possibilitará a realização de um novo espetáculo da Cia, com estreia prevista para o 2º semestre de 2011.

Projetos:
Arte por Toda Parte: Com o objetivo de promover o acesso à arte, a Cia Teatral ManiCômicos criou o projeto Arte por Toda Parte, que, com suas diversas ações, pretende que a arte faça parte das vidas das pessoas, seja como entretenimento, reflexão ou expressão de sua história e sua cultura.
O projeto iniciou-se na Zona Sul de SP, mas no ano de 2005 foi trazido para São João del-Rei. O projeto foi gradativamente alcançando os bairros e comunidades e envolvendo crianças, jovens e adultos. Em 2005, duas comunidades foram contempladas: Colônia do Giarola e São Miguel do Cajuru. Nessas localidades, crianças, jovens e adultos tiveram acesso ao exercício da arte com aulas regulares de teatro durante o ano todo. Nessas aulas, que para muitos era uma experiência inédita, os alunos participaram do processo de criação de um espetáculo que, ao final do ano, foi apresentado aos colegas das escolas, para a comunidade e em uma Mostra Teatral no Teatro Municipal de São João del-Rei, envolvendo os familiares dos estudantes, que durante o período de aula pesquisaram as histórias e costumes da família e dos lugares que moravam, servindo este material como alimento criativo e histórico para as montagens.
Depois dessa etapa inicial, o ManiCômicos elaborou um projeto para atingir outros bairros da cidade com o objetivo de transformar a realidade sócio-cultural com a inserção de arte e promover o acesso da população, principalmente a mais carente, ao exercício e à apreciação da arte. Para isso, o projeto deu inicio a um conjunto de ações:

·  Oficina de Teatro nas Comunidades;

·  Apresentação de Espetáculos Teatrais.

·  Formação de Arte-Educadores.

·  Revista Cultural.

·  Espaço Cultural ManiCômicos.

Dom de Minas: O Projeto Dom de Minas tem como objetivo pesquisar a diversidade cultura da Região das Vertentes, observando tradições, costumes, histórias, músicas, curiosidades e a partir dessa pesquisa criar um espetáculo teatral. As cidades envolvidas no projeto são: Barroso, Coronel Xavier Chaves, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Resende Costa, São João del-Rei e São Tiago.

 A Cia mantém uma programação do Espaço Cultural, que é um Ponto de Cultura. É oferecido um curso profissionalizante de teatro com duração de dois anos e meio, que já está em sua quarta turma. “Estamos disponibilizando computadores para que a comunidade tenha acesso à internet aqui e oficinas voltadas para a formação humanística”.
Além disso, o ManiCômicos promove Encontro de Grupos no final de cada ano, com o objetivo de estimular a prática teatral na cidade e região. Em 2011, acontecerá a 6ª edição, com companhias profissionais vindas de todos os cantos de Minas. A Companhia financia a participação de artistas amadores no Encontro para irem acompanhando e aprendendo, fazendo oficinas e trocando experiência com profissionais. “Se há uma rede turística bem estruturada, poderíamos investir mais verba no Encontro, pois as pessoas dariam importância. Alguns empresários têm esse olhar, porque esse benefício recai para a própria cidade. Os empresários precisam se conscientizar da importância em investir em arte. É bom para o município. O teatro trabalha com os jovens, para que eles olhem as coisas de maneira diferente e tragam proposições. Canaliza a energia deles para realizar atividades lúdicas e produtivas”, disse o diretor do ManiCômicos.


MATÉRIAS

Revista Com a Palavra

ManiCômicos é selecionada em projeto nacional
Por Gazeta de São João del-Rei em 01/06/2013

O título da peça Domdeandar nunca fez tanto sentido quanto agora. A Cia. Teatral ManiCômicos vai levar a montagem já consagrada em diversos palcos e ruas para cinco municípios da região, além da própria São João del-Rei, como parte do projeto No Palco. A iniciativa nacional com incentivos da Lei Rouanet acontece em diferentes partes do país e tem como proposta realizar 30 apresentações gratuitas em diferentes partes do mapa usando como palcos espaços alternativos. Para essa tarefa que começou em outubro do ano passado em João Pessoa, na Paraíba, foram selecionados nove espetáculos de cinco trupes do país, incluindo a Giramundo, de Belo Horizonte; e As Graças de São Paulo.

Agenda
As apresentações regionais sob a batuta do ManiCômicos começam nesta quarta-feira, 5 de junho, na cidade-sede da companhia teatral em Minas. A partir das 20h, o elenco mostra Domdeandar ao público em frente ao Teatro Municipal de São João del-Rei antes de seguir, no dia seguinte, para o Parque de Exposições de Lagoa Dourada. Ali o espetáculo acontece às 10h. Horas depois, ainda na quinta-feira, 6, o palco alternativo será na Praça Eduardo Chaves, em Coronel Xavier Chaves.
Já na sexta-feira, 7, a compahia desembarca primeiramente em Itutinga, onde se apresenta às 10h na Praça Santo Antônio de Pádua. Depois parte para Carrancas e encena a peça às 19h na Praça Manoel Moreira. A turnê termina em Tiradentes no sábado, 8, às 16h, no Largo das Forras.
Domdeandar conta a história de Fernando, um rapaz que embarca em uma viagem emocionante em busca de sua amada e nela encontra amigos, belas paisagens e aventuras desafiadoras. Outras informações pelo telefone (0**32) 3373-5892.

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ManiCômicos se apresenta em festival internacional

Um homem à procura de seu grande amor embarca em viagem tresloucada por sete cidades mineiras, incluindo São João del-Rei. Se ele encontra o que busca, só quem participar do Festival Internacional de Teatro (FIT) pelas ruas de São José do Rio Preto (SP) irá descobrir.

Peça estreou em 2009 mesclando teatro e música - Foto: Andre Fossati

Peça estreou em 2009 mesclando teatro e música – Foto: Andre Fossati

Com a peça Domdeandar em meio a trupes de diversas partes do mundo, a Cia. Teatral ManiCômicos levará toda a maestria das artes cênicas são-joanenses para a cidade paulista a 645km de casa. Não é a primeira vez que a equipe excursiona país afora, mas a ansiedade ronda o elenco às vésperas de estrear no FIT, com apresentações de 5 a 7 de julho.
Acostumado às estradas, o ManiCômicos deve reencontrar companheiros de arte durante o festival e vai, ainda, esbarrar com grupos inspiradores não só do Brasil, mas de outros pontos do mapa mundi. Daí a expectativa. “O Grupo Galpão, que é imensamente reconhecido, vai estar lá. Ao mesmo tempo em que o festival será uma vitrine para nós, vai oferecer a oportunidade de termos contato direto com o trabalho dessa equipe. Sem falar nas internacionais que também vão desembarcar por lá. O bacana desses festivais é ver, ser visto e ter novas experiências”, disse o produtor Flávio Rezende.

A peça
A Domdeandar é velha conhecida do público são-joanense, tendo entrado em cartaz ainda em 2009. De lá para cá foram inúmeras apresentações e excursões que renderam, ao todo, público superior a 10 mil pessoas.

O enredo conta a história do jovem Fernando em busca da amada que nunca conheceu. E é em meio a isso que a história musical de sete cidades das Vertentes é apresentada. Para dar conta desse aspecto, seis atores do ManiCômicos dividem a cena com quatro músicos do grupo Martelo de Pano, que garante a sonoridade, ao vivo, da peça.

Em São João
A equipe de musicistas, aliás, sobe ao palco do Espaço Cultural ManiCômicos hoje, 30, na Vila Nossa Senhora de Fátima. O Martelo de Pano encerrará com seu som a sequência de intervenções artísticas com teatro, poesia e música programada para começar às 19h. Os ingressos para o evento podem ser adquiridos antecipadamente a preço único de R$5. Na hora a entrada custará R$8.

Fonte: Gazeta de São João del-Rei . 30/06/2012

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CRÍTICA - Domdeandar afaga com a brisa da memória mineira

Domdeanadar é um destes espetáculos que nos chama de novo a fantasias de vidas comunitárias, repousadas sobre o encantamento das coisas simples que ganham nela grande valor. Descontada a idealização, é o tipo de trabalho que contrasta com a nossa convivência tumultuada nas grandes cidades e nos compensa, sem mistificações nem discurso, com o afago que remete a uma música qualquer de Lô Borges.
Resultado de um projeto dos Manicômicos, que percorreu cidades mineiras colhendo a memória local, a montagem coloca diante de si tarefas artísticas das mais difíceis: fazer teatro de rua em chave poética, ainda que humorada; e partir de uma pesquisa de campo sem cair em tratado sociológico. Em um e outro caso o resultado surpreende pela maturidade dos achados estéticos e pela qualidade do pensamento, articulado de uma maneira autônoma sem perder de vista o material de origem.
O espetáculo faz um diálogo dos mais felizes entre a substância poética dos casos e das memórias, provavelmente vindos da pesquisa, e a apropriação teatral destes. A despeito dos temas fugidios – o amor, a identidade - as soluções cênicas são engenhosas e objetivas, a começar pela dramaturgia. O chão firme de ações, emprestado de Fernando Sabino (que ganha em cena uma homenagem comovente), bem poderia ter sido escrito por outro mineiro de muita qualidade, Luis Alberto de Abreu. A trajetória de Fernando, o personagem que sai para o mundo em aventura heróica para, por fim, retornar aos braços da sua promessa de amor é, à perfeição, digno de um enredo do autor de Borandá. Estão lá os acidentes de percursos, o aprendizado pela carne e o reconhecimento do meio que inventam a narrativa, dimensionados com humor e lirismo.
A encenação encontrou uma mecânica eficiente para dar conta da variedade de situações, lugares e personagens da peça. Assume sem cerimônia a teatralidade dos objetos e faz a cenografia mudar de função a cada cena, em um jogo dinâmico de “monta-desmonta” que segue fluido, em um andamento que mesmo veloz não abandona o rigor e a atenção necessários à exposição de cada passagem. É um espetáculo azeitado nos detalhes, que equilibra atuações muito à vontade a uma marcação firme das cenas. A favor tem um elenco que se dedica ao imaginário da peça com aquele compromisso infantil que o grande Rubens Correa pedia, quando foi convidado a falar algumas palavras a jovens atores que saíam da CAL, no Rio. Correa lembrara um menino-anjo esculpido em um bebedouro do passeio público carioca. Nele, pode-se ler: “sou útil, inda que brincando”. Ver os atores do Manicômicos causa esta mesma sensação, a de uma arte de intérpretes inteiros e bons não porque podemos ver neles a exibição das técnicas x ou y – e elas estão lá -, mas porque, submersas ao jogo, elas estão servindo totalmente à brincadeira e à invenção.
Esperamos que o espetáculo possa circular muito, Brasil afora. É um teatro simples e maior. Além das suas qualidades poéticas ainda tem o ganho de nos remeter de volta àquela pergunta mineira, que nos faz olhar para trás e para agora, lembrando daquele tempo em que “tínhamos estrelas nos olhos e um jeito de herói”.

Fonte: Kil Abreu, 25/08/2010

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Grupo luta para manter Arte por Toda Parte

O projeto Arte por Toda Parte da Companhia Teatral ManiCômicos não terá continuidade este ano nas escolas de São João del Rei. De acordo com comunicado da secretaria de Educação, a ação foi indeferida e não vai haver contrapartida da prefeitura.
Para tentar manter o projeto, integrantes do ManiCômicos e participantes do Arte por Toda Parte decidiram fazer um abaixo assinado e encaminhá-lo aos vereadores e ao prefeito da cidade. Na última terça-feira, 19, um grupo de 20 pessoas participou da sessão da Câmara de Vereadores onde o coordenador e integrante do ManiCômicos, Juliano Pereira, usou a palavra na Tribuna Livre para apresentar aos presentes os objetivos do projeto e solicitar dos vereadores o apoio perante a administração municipal para manter o Arte por Toda Parte. Os integrantes da Cia. também estão na Avenida Presidente Tancredo Neves para recolher assinatura da população.
O Arte por Toda Parte já acontece a quatro anos nas comunidades, atendendo cerca de 25 escolas da cidade entre zona rural, distritos, centro e periferia. De acordo com Pereira, desde o princípio do ano ele negocia com a prefeitura o recurso para o projeto. "A cerca de um mês o prefeito nos prometeu um apoio de metade da verba destinada ao projeto, quer dizer R$5 mil por mês. Com esse parecer favorável começamos a entrar em contato com as escolas, mas semana passada tivemos uma resposta em definitivo por escrito dizendo que a prefeitura não iria mais apoiar o projeto. Fomos conversando, pediram para esperar, veio uma proposta de reduzir pela metade o projeto e agora o único documento que temos é um indeferido. A prefeitura não vai dispor dessa verba para apoiar o projeto nas escolas esse ano", afirmou.
O grupo ManiCômicos realizou uma reunião no último dia 15 com o objetivo de informar pais, alunos, professores e diretores de escolas. De acordo com Pereira, o encontro foi para posicionar os populares que ajudam e apóiam o Arte por Toda Parte sobre as dificuldades do projeto. "A reunião serviu para lembrar os moradores da importância desse projeto. Ele está aprovado na Lei Federal de Incentivo a Cultura. O trabalho contempla cinco ações ligadas à educação, formação de arte-educadores, revista cultural, espetáculos teatrais, espetáculos nos bairros e aulas teatrais na escola. Recebemos o apoio da Cemig. Porém, a verba não atende suficientemente toda demanda. O recurso capitado é menor que o valor que precisamos", informou o coordenador.
Para a professora da Escola Municipal do Tijuco, Elisângela Mauro Garcia, a perda do projeto vai significar muito para as crianças, pois algumas delas já estavam esperando o mesmo começar. "Muitas crianças não têm educação física nem ensino religioso. Esse projeto supria um pouco essa falta. Quando chegava o professor de teatro nas oficinas era uma festa. As crianças se desenvolviam, perdiam a inibição. Começavam retraídas e iam se soltando aos poucos. Estávamos ansiosos para começar, mas quando soubemos foi um impacto muito grande. Era trabalhado o dia-a-dia das crianças. Era uma ação que não ficava restrita a escola, abrangia a comunidade, a família inteira," ressaltou.
Quem também vai sentir falta do projeto é Claudio Guimarães Pereira, coordenador da comunidade Cristo Rei da paróquia do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Guimarães, que acompanhava as ações do grupo na comunidade, afirmou que "o trabalho era essencial para o desenvolvimento intelectual dos meninos. Lamento essa atitude do poder público não poder ajudar e estar ativo nesse aspecto".

Fonte: Gazeta de São João del-Rei . maio de 2009

RESPONSÁVEL PELO CADASTRO
Juliano Pereira, 08 de abril de 2011

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"UM ACHADO, UM ACERTO"
Essa foi a fala do crítico de teatro Dib Carneiro Neto sobre a "Desmontagem Ọkàn", apresentada pelo Teatro da Pedra no Festival Paideia. É sempre um prazer ouvir suas palavras

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