OGs e ONGs
Orquestra Ribeiro Bastos
Título
Orquestra Ribeiro Bastos
Data de início das atividades
Século XVIII . 1790
Responsável pelo órgão/cargo
Diretoria da Orquestra Ribeiro Bastos - PRESIDENTE: José Geraldo da Silva
Representante para contatos
Flávio Marcos dos Passos
Endereço
Rua Santo Antônio, 54, Tejuco
Telefone
(32) 3371 8608
Atividades/Serviços
Ver Maria Stella Neves Vale
Brasão Orquestra Ribeiro Bastos. Homenagem em Tapete de Rua na Semana Santa cultural 2011.
Foto: Alzira Agostini Haddad.
Brasão Orquestra Ribeiro Bastos. Homenagem em Tapete de Rua na Semana Santa cultural 2011.
Foto: Alzira Agostini Haddad.
Ensaio Orquestra Ribeiro Bastos . desde 1928
Foto Alzira Agostini Haddad
Foto Alzira Agostini Haddad
Agenda
Mês de Março: Missas e Via Sacras (CATEDRAL)
Depósito das dores (CATEDRAL E CARMO)
Depósito dos Passos (CATEDRAL E SÃO FRANCISCO)
Missa dos Passos (SÃO FRANCISCO)
Procissão do encontro (SÃO FRANCISCO)
Setenário (CATEDRAL)
Semana Santa (Ramos, Procissão, Missas e Via Sacras, Ofício de Trevas, Missa Solene, Lava-pés, Ofício de trevas, Sete palavras, Ofício da tarde, Procissão do Enterro, Ofício de Trevas, Ofício da noite, Missa Solene, Pro- ção “COM O CORO”, Te Deum)
Mês de Maio: 30- Corpus Christi (CATEDRAL)
16- Missa Solene e Te Deum (CATEDRAL)
Mês de Setembro: 12 à 17- Quinqëna (SÃO FRANCISCO)
29 e 30- Início da Novena de São Francisco (SÃO FRANCISCO)
Mês de outubro: 1 à 3- Novena de São Francisco (SÃO FRANCISCO)
3- Encomendação da São Francisco (SÃO FRANCISCO)
4- Missa-rasoura e Te Deum (SÃO FRANCISCO)
Mês de novembro: 2- Finados (CEMITÉRIO OU CATEDRAL)
12- Aniversário do cemitério de São Francisco (SÃO FRANCISCO)
15- Aniversário do cemitério do Carmo (CARMO)
23- Te Deum e Ação de Graças (CARMO)
29 e 30- Início da novena da Conceição (SÃO FRANCISCO)
Mês de dezembro: 1 à 7- Novena da Conceição (SÃO FRANCISCO)
8- Missa Solene e Te Deum (SÃO FRANCISCO)
24- Missa do Galo (SÃO FRANCISCO)
31- Te Deum (CATEDRAL)
Depósito das dores (CATEDRAL E CARMO)
Depósito dos Passos (CATEDRAL E SÃO FRANCISCO)
Missa dos Passos (SÃO FRANCISCO)
Procissão do encontro (SÃO FRANCISCO)
Setenário (CATEDRAL)
Semana Santa (Ramos, Procissão, Missas e Via Sacras, Ofício de Trevas, Missa Solene, Lava-pés, Ofício de trevas, Sete palavras, Ofício da tarde, Procissão do Enterro, Ofício de Trevas, Ofício da noite, Missa Solene, Pro- ção “COM O CORO”, Te Deum)
Mês de Maio: 30- Corpus Christi (CATEDRAL)
16- Missa Solene e Te Deum (CATEDRAL)
Mês de Setembro: 12 à 17- Quinqëna (SÃO FRANCISCO)
29 e 30- Início da Novena de São Francisco (SÃO FRANCISCO)
Mês de outubro: 1 à 3- Novena de São Francisco (SÃO FRANCISCO)
3- Encomendação da São Francisco (SÃO FRANCISCO)
4- Missa-rasoura e Te Deum (SÃO FRANCISCO)
Mês de novembro: 2- Finados (CEMITÉRIO OU CATEDRAL)
12- Aniversário do cemitério de São Francisco (SÃO FRANCISCO)
15- Aniversário do cemitério do Carmo (CARMO)
23- Te Deum e Ação de Graças (CARMO)
29 e 30- Início da novena da Conceição (SÃO FRANCISCO)
Mês de dezembro: 1 à 7- Novena da Conceição (SÃO FRANCISCO)
8- Missa Solene e Te Deum (SÃO FRANCISCO)
24- Missa do Galo (SÃO FRANCISCO)
31- Te Deum (CATEDRAL)
Histórico
Já é quase habitual associar-se a música colonial mineira ao nome da Orquestra Ribeiro Bastos, em razão das inúmeras apresentações do repertório desta época realizadas por este grupo nos quatro cantos do país e pela divulgação trazida pela difusão de seus discos. Mas isto não represente a verdade, ainda existem e atuam em Minas Gerais outras corporações musicais antigas, que prolongam a antiga tradição musical da região e preservam documentos trazidos de outros pontos do Brasil.
Sabe-se que a vida musical nas Minas Gerais e no Brasil no século XVIII era rica e intensa, em grande parte por causa das necessidades da liturgia católica. Cada vila pouco mais importante tinha seus compositores e suas corporações que reuniam cantores e instrumentistas. Mas a diminuição das riquezas, durante o século XIX, foi fatal para estas vilas e corporações: as vilas ficaram estagnadas em sua vida passada, quando não regrediram até o desaparecimento, e as corporações, por perderem sua função religiosa e social, deixaram de existir. A perda desta função causou o desaparecimento de antigas corporações também em vilas que tiveram um certo grau de crescimento material, mas onde a preocupação com o fato cultural tornou-se secundária.
Hoje, graças a estudos musicológicos mais aprofundados, pode-se aquilatar o que foi este momento musical e sabe-se o valor de compositores como Emerico João de Deus, Manoel Dias, Gerônimo de Souza Lobo, Santos Cunha e muitos outros.
São João Del-Rei foi caso raro: os dois grupos tradicionais da cidade mantiveram-se vivos e atuantes até hoje, através da atividade de amadores que, no correr dos anos, tiveram consciência da importância da herança que recebiam de seus antepassados musicais (estes, profissionais) e lutaram para preservá-la. Em todos os dias do ano, as missas principais são acompanhadas por uma das duas orquestras, que mantém os antigos contratos assinados com as irmandades religiosas. No que se refere à Orquestra Ribeiro Bastos ela está presente em duas missas semanais na Matriz do Pilar (da Irmandade do Santíssimo e da Irmandade de Passos) e na grande missa dominical da Ordem Terceira de São Francisco, além de responsabilizar-se pelo serviço musical de diversas novenas (Carmo, São Francisco, Cinco Chagas, Conceição) e de todos os ofícios da Festa de Passos e da Semana Santa. Esta é, sem dúvida, a época mais rica do calendário musical da cidade, uma vez que até hoje são cantadas não só as Missas Solenes, mas também cada Via Sacra, o Ofício de Ramos, os Três Ofícios de Trevas, as Paixões, o Ofício de Páscoa, as procissões, perfazendo algumas centenas de obras e enorme tempo dedicado com amor à música sacra.
A Orquestra Ribeiro Bastos é, antes de tudo, uma função: ela deixaria de existir se não estivesse respondendo à uma necessidade religiosa e cultural. Seus membros, todos amadores, dedicam seus dias às mais diversas ocupações e guardam seu tempo livre para ensaios e participação em cerimônias religiosas. Por isso mesmo, nem em São João Del-Rei nem em lugares onde vá, esta corporação não pode ser ouvida como uma orquestra de concertos. É parte da vida e da cultura daquela cidade e de Minas. Hoje como há duzentos anos atrás. É grupo que se esforça por manter viva a tradição, que busca construir repertório recuperando esta mesma tradição, que se preocupa em manter viva a chama e que, vez por outra, sai de sua cidade para dar a conhecer a maior número de pessoas algumas das preciosidades de seu acervo. Preservando não apenas papéis, mas também uma tradição interpretativa, certamente bem próxima da maneira como seu repertório era tocado no passado.
Sabe-se que a vida musical nas Minas Gerais e no Brasil no século XVIII era rica e intensa, em grande parte por causa das necessidades da liturgia católica. Cada vila pouco mais importante tinha seus compositores e suas corporações que reuniam cantores e instrumentistas. Mas a diminuição das riquezas, durante o século XIX, foi fatal para estas vilas e corporações: as vilas ficaram estagnadas em sua vida passada, quando não regrediram até o desaparecimento, e as corporações, por perderem sua função religiosa e social, deixaram de existir. A perda desta função causou o desaparecimento de antigas corporações também em vilas que tiveram um certo grau de crescimento material, mas onde a preocupação com o fato cultural tornou-se secundária.
Hoje, graças a estudos musicológicos mais aprofundados, pode-se aquilatar o que foi este momento musical e sabe-se o valor de compositores como Emerico João de Deus, Manoel Dias, Gerônimo de Souza Lobo, Santos Cunha e muitos outros.
São João Del-Rei foi caso raro: os dois grupos tradicionais da cidade mantiveram-se vivos e atuantes até hoje, através da atividade de amadores que, no correr dos anos, tiveram consciência da importância da herança que recebiam de seus antepassados musicais (estes, profissionais) e lutaram para preservá-la. Em todos os dias do ano, as missas principais são acompanhadas por uma das duas orquestras, que mantém os antigos contratos assinados com as irmandades religiosas. No que se refere à Orquestra Ribeiro Bastos ela está presente em duas missas semanais na Matriz do Pilar (da Irmandade do Santíssimo e da Irmandade de Passos) e na grande missa dominical da Ordem Terceira de São Francisco, além de responsabilizar-se pelo serviço musical de diversas novenas (Carmo, São Francisco, Cinco Chagas, Conceição) e de todos os ofícios da Festa de Passos e da Semana Santa. Esta é, sem dúvida, a época mais rica do calendário musical da cidade, uma vez que até hoje são cantadas não só as Missas Solenes, mas também cada Via Sacra, o Ofício de Ramos, os Três Ofícios de Trevas, as Paixões, o Ofício de Páscoa, as procissões, perfazendo algumas centenas de obras e enorme tempo dedicado com amor à música sacra.
A Orquestra Ribeiro Bastos é, antes de tudo, uma função: ela deixaria de existir se não estivesse respondendo à uma necessidade religiosa e cultural. Seus membros, todos amadores, dedicam seus dias às mais diversas ocupações e guardam seu tempo livre para ensaios e participação em cerimônias religiosas. Por isso mesmo, nem em São João Del-Rei nem em lugares onde vá, esta corporação não pode ser ouvida como uma orquestra de concertos. É parte da vida e da cultura daquela cidade e de Minas. Hoje como há duzentos anos atrás. É grupo que se esforça por manter viva a tradição, que busca construir repertório recuperando esta mesma tradição, que se preocupa em manter viva a chama e que, vez por outra, sai de sua cidade para dar a conhecer a maior número de pessoas algumas das preciosidades de seu acervo. Preservando não apenas papéis, mas também uma tradição interpretativa, certamente bem próxima da maneira como seu repertório era tocado no passado.
Principais problemas/dificuldades da área atuante
Dentre vários destaca-se a falta de recursos financeiros para a preservação do patrimônio.
Data da coleta dos dados
Outubro de 2002
Responsável pelas informações
Flávio Marcos dos Passos
Galerias
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